O maquinista Francisco Jose Garzon Amo foi acusado de 79 homicídios por imprudência profissional como operador de um trem que transportava 218 passageiros e que descarrilou na Espanha na quarta-feira quando ele fez uma curva de alto risco rápido demais. Pelo menos 79 passageiros morreram e 70 permanecem hospitalizados, com 22 em estado crítico.
A imprensa espanhola citou Garzon após o acidente. El País citou uma gravação de uma ligação para o serviço de emergência feita pelo condutor após o acidente: “Eu tinha de ir a 80 quilômetros por hora, mas estou indo a 190.” Ele usou o tempo presente embora o acidente já tivesse ocorrido, segundo o El País.
“Os pobres passageiros”, disse ele. “Espero que ninguém tenha morrido.” A agência de notícias Efe reportou que Garzon disse a um representante do governo: “Eu descarrilhei, o que vou fazer? O que vou fazer?”
Os freios deveriam ter sido aplicados 4 km antes da curva, segundo as autoridades ferroviárias. Um morador local que ajudou Garzon a sair do trem disse a emissora Antena 3: “Ele disse que deveria frear, mas não conseguiu. … Ele estava indo rápido.”
O morador Evaristo Iglesias também comentou: “Ele nos disse que queria morrer. … ‘Eu não quero ver isto, eu quero morrer’, foi o que ele disse várias vezes.”
Garzon foi liberado sem fiança, pois nenhuma das partes envolvidas sente que haja qualquer risco de ele fugir, segundo um comunicado do tribunal. Ele foi questionado por pouco menos de duas horas num tribunal de Santiago de Compostela, uma cidade do noroeste próxima do local do acidente, e deve retornar ao tribunal uma vez por semana.
Os investigadores devem determinar se os freios tiveram problema ou se Garzon falhou em acioná-los.
A empresa de transporte ferroviário Talgo confirmou informalmente ao El País na quinta-feira que o trem viajava a “extrema velocidade”. A empresa utiliza controles de velocidade internos. O ministro do Interior, Jorge Fernandez Diaz, disse à CNN e outros repórteres no sábado que há “indícios racionais” que Garzon foi o culpado, mas não forneceu detalhes.
Uma missa será realizada segunda-feira à tarde em Santiago de Compostela pelas vítimas. O primeiro-ministro espanhol e a família real devem participar.
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