Manifestantes tibetanos em defesa do meio ambiente são espancados pelas forças de segurança da China

26/08/2013 17:09 Atualizado: 26/08/2013 19:52
Milhares de tibetanos, que se reuniram para protestar pelo meio ambiente no condado de Zaduo, Região Autônoma de Yushu, província de Qinghai, foram reprimidos pela polícia militar com bombas de gás lacrimogênio e bastões elétricos (Voz do Tibete)
Milhares de tibetanos, que se reuniram para protestar pelo meio ambiente no condado de Zaduo, Região Autônoma de Yushu, província de Qinghai, foram reprimidos pela polícia militar com bombas de gás lacrimogênio e bastões elétricos (Voz do Tibete)

Mais de 100 tibetanos foram feridos numa violenta repressão recente pelas forças de segurança chinesas no condado de Zaduo, Região Autônoma de Yushu, província de Qinghai, enquanto protestavam pacificamente contra as atividades de mineração em grande escala na região, segundo tibetanos no estrangeiro em contato com os locais nas áreas afetadas.

Quando trabalhadores das minas chegaram para trabalhar nos municípios de Aduo, Zhaqing e Sahuteng em 14 de agosto, mais de mil tibetanos se reuniram em cada município para protestar.

Muitos tibetanos exibiram faixas e gritaram palavras de ordem como “parem a destruição do meio ambiente”. Em seguida, a polícia de choque os cercou e atacou com bastões elétricos e bombas de gás lacrimogêneo. Alguns manifestantes foram presos.

Milhares de tibetanos, que se reuniram para protestar pelo meio ambiente no condado de Zaduo, Região Autônoma de Yushu, província de Qinghai, foram reprimidos pela polícia militar com bombas de gás lacrimogênio e bastões elétricos (Voz do Tibete)
Milhares de tibetanos, que se reuniram para protestar pelo meio ambiente no condado de Zaduo, Região Autônoma de Yushu, província de Qinghai, foram reprimidos pela polícia militar com bombas de gás lacrimogênio e bastões elétricos (Voz do Tibete)

Numa entrevista por telefone com o Epoch Times, Gongjuedunzhu, um tibetano nativo do condado de Zaduo e agora exilado na Índia, disse: “Muitos soldados apareceram na noite de 15 de agosto e receberam reforços de mais 500 policiais e militares, que chegaram em 60 caminhões. Quinze dos caminhões foram para o município de Aduo e 45 para o de Zhaqing. Havia cerca de 1.200, 1.000 e 1.500 manifestantes tibetanos em Aduo, Zhaqing e Suhuteng, respectivamente.”

“Por volta das 18h, a polícia e os militares começaram a atirar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Muitos manifestantes ficaram inconscientes e, assim que recuperaram a consciência e se levantaram, foram agredidos com bastões elétricos.

“A polícia e os militares também destruíram muitos carros e motocicletas de propriedade dos tibetanos. Muitas pessoas ficaram feridas, mas estatísticas detalhadas não estão disponíveis, pois a área ainda está sob rígido controle das autoridades. No entanto, sabemos que 14 pessoas em Zhaqing foram hospitalizadas. Na noite de 16 de agosto, uma supressão semelhante ocorreu em Aduo.”

No momento, Zaduo está sendo estritamente vigiado por policiais e militares. Os tibetanos não têm permissão para viajar e seus telefones celulares foram confiscados.

Suonan, um tibetano exilado na Suíça, disse à Voz do Tibete que o regime comunista chinês despachou um grande grupo de policiais e militares para reprimir brutalmente os tibetanos que protestavam em Aduo, usando fuzis, bombas de gás lacrimogêneo e bastões elétricos.

Gesangjian, outro tibetano exilado na Índia, disse à Voz do Tibete: “É parte dos costumes e crenças do budismo tibetano não prejudicar a natureza e o meio ambiente. Diante das escavações em larga planejadas pelas autoridades locais, os tibetanos certamente lutam contra a mineração destrutiva.”

Até a publicação deste artigo, todas as áreas afetadas estavam sendo fortemente monitoradas pelas autoridades chinesas.