Manifestantes pedem a libertação do advogado de direitos humanos Gao Zhisheng

13/12/2012 15:05 Atualizado: 13/12/2012 23:32
Manifestantes em Los Angeles pediram a libertação do prisioneiro da consciência Gao Zhisheng em 9 de dezembro, um dia antes do Dia dos Direitos Humanos (Liu Fei/The Epoch Times)

Ativistas dos direitos humanos fizeram uma demonstração em frente ao consulado chinês em Los Angeles, EUA, exigindo a libertação do advogado preso Gao Zhisheng e de outros prisioneiros da consciência na China, um dia antes do 64º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Mais cedo naquele dia, as pessoas se reuniram no bairro chinês em Los Angeles, na lotada Praça Sun Yat-sen, segurando cartazes em inglês e chinês com slogans como: “Libertem os presos políticos”, “Queremos direitos humanos” e “Liberdade de religião”.

Partido Comunista teme Gao Zhisheng

Sun Yong, um membro do Grupo Chinês de Proteção dos Direitos Humanos (GCPDH), carregava um retrato do advogado de direitos humanos preso Gao Zhisheng. Sun Yong diz que Gao Zhisheng sofreu a perseguição mais severa se comparado com outros conhecidos dissidentes na China. “Gao Zhisheng sequer tem autorização para receber visitas”, disse Sun Yong. “Ninguém sabe onde ele está preso. Ele também estaria sofrendo abusos frequentemente. Ninguém sabe se ele ainda está vivo.”

Sun Yong acrescentou que Gao Zhisheng entende o que é o Partido Comunista e sabe que é inútil tentar negociar. “Gao Zhisheng compreende a natureza do Partido Comunista e, portanto, sofre mais repressão”, disse Sun Yong.

Sun Yong acrescentou que a publicação dos “Nove Comentários sobre o Partido Comunista”, publicado pelo Epoch Times no final de 2004, é imensamente popular na China e que chineses como Gao Zhisheng estão percebendo a “natureza perversa e falsa” do regime comunista. “Eu acredito que a desintegração do regime comunista é uma questão de tempo”, concluiu Sun Yong.

Medo da perseguição

Fan Cheng, o organizador do GCPDH, disse que o povo chinês sofre com a privação dos direitos humanos não apenas na China, mas também no exterior.

Quando Fan Cheng pediu aos membros do grupo para se juntarem à manifestação e ao protesto contra o regime comunista, alguns hesitaram com medo de possíveis represálias contra seus parentes na China. “O regime comunista mantem uma espada sobre a cabeça de todos e o povo não tem segurança” disse Fan Cheng.

“Mo Yan, o ganhador do Prêmio Nobel, não ousou dizer o que queria, temendo problemas quando retornasse à China. Cada chinês compartilha dos mesmos medos. Este medo não terminará até que o Partido Comunista desapareça”, afirmou Fan Cheng.

Corrupção generalizada

Zhang Jun costumava ser um motorista de táxi na China. Ele disse que a corrupção na China comunista é muito difundida.

Os médicos, por exemplo, não têm qualquer ética, disse ele. Uma vez, ele teve de subornar a equipe médica quando sua mãe estava no hospital e precisava de uma operação. “Eu mandei 5 mil yuanes para o cirurgião e 3 mil para o anestesista” disse Zhang Jun.

Ele também disse que a vida para o povo chinês não melhorou muito e ainda é muito difícil. Enquanto isso, oficiais e aqueles com conexões enriquecem.

Kuo-Ching Fung, que foi detido num campo de trabalho chinês por 20 anos, porque foi rotulado de “direitista”, esteve presente no comício para expressar seu apoio e preocupação.

Quando perguntado sobre o possível efeito da mudança de poder recente na China, ele disse que, embora o novo líder Xi Jinping e o membro do Politburo deposto Bo Xilai sejam pessoas diferentes, ele não tem esperança no Partido Comunista.

Tony Gabriele, um representante da Anistia Internacional em Los Angeles, disse que é possível ajudar o povo chinês, familiarizando-se com os fatos da perseguição política na China de hoje e tomando medidas contra a repressão.

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