Na tarde de 29 de janeiro, milhares de habitantes da vila de Qiaotou, no município de Yudu, província de Jianxi, reuniram-se diante da delegacia local em protesto ao esfaqueamento de dois aldeões por uma autoridade pública. Ao dialogar com as autoridades do governo, os manifestantes gritaram “Abaixo com o Partido Comunista Chinês!” e “Tirem a bandeira vermelha com cinco estrelas [a bandeira da República Popular da China] e queimem-na!”
Segundo relatos, às 9h do dia 29 de janeiro, quatro coordenadores de transporte e logística do governo local se dirigiram a Qiaotou para cobrar taxas de serviço de contratantes. Após discussões, dois dos contratantes foram esfaqueados e sofreram graves ferimentos. Na mesma tarde, milhares de habitantes se reuniram para exigir a punição dos responsáveis.
De acordo com testemunhas, durante a manifestação, a população gritava “o Partido Comunista é assassino” e arremessava objetos como tijolos tentando acertar os dois oficiais responsáveis que se escondiam no edifício. Enquanto isso, os policiais permaneciam observando sem saber o que fazer.
O líder do governo local e as autoridades dos departamentos correspondentes chegaram a ensaiar um discurso para domar os ânimos, mas isto gerou mais fúria e descontentamento nos manifestantes, que reclamaram a ausência de políticas concretas, o que constrangeu as autoridades e gerou nova onda de confusão. Mais tarde, com a chegada de um grande número de policiais militares, os manifestantes viraram uma viatura e o carro de um dos oficiais envolvidos, até que por fim as autoridades concordaram em decretar a prisão judicial dos dois principais infratores.
Simpatizantes pró-democracia apontaram a profunda crise e insustentabilidade do regime comunista chinês, tendo em vista o episódio de Wukan, um vilarejo onde o governo municipal foi expulso pelos habitantes. Um democrata que não quis se identificar comentou que o fato de ser em Yudu, o “berço” da “Grande Marcha” (um episódio inventado e usado recorrentemente pelo regime comunista chinês para tentar dar legitimidade a seu governo), que os gritos de “Abaixo ao regime comunista” ocorreram, um local emblemático para o Partido Comunista, seria um anúncio do fim do regime comunista chinês. E reforçou a ideia com o ocorrido em Wukan, que pertence ao município onde surgiu o primeiro soviete (agremiação) do Partido Comunista Chinês.
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