É preciso coragem para abdicar do politicamente correto. Artistas, jornalistas e escritores que tem assumido uma postura séria diante do saque que tem ocorrido no país, embora obviamente não busquem isso, tendem a ser cada vez mais reconhecidos como heróis da resistência e a serem alçados a posições de liderança. Podemos citar aqui Lobão, Gentilli e Olavo de Carvalho.
Há muito tempo não se via no país protestos em que pessoas manifestavam realmente sua indignação. Pouca ludicidade, poucas brincadeiras e muita seriedade naquilo que se deseja para o país. Quem vai para a rua em pleno sábado faz isso para demonstrar que está insatisfeito.
Há algum tempo publicamos aqui: “Chegou a hora de representar o dia-a-dia com exatidão e seriedade, de dizer o que realmente achamos, sem rodeios, brincadeirinhas e maquiagens para “doer menos”. Se você está indignado, expresse sua indignação com as palavras e gestos certos. Se isso for feito coletivamente, será um gigantesco aditivo para uma mudança real em nosso país.”
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Fazer as coisas com seriedade não é “ódio”. Mais uma vez não podemos cair na panfletagem esquerdista. Não pode-se atenuar as demandas só para que a esquerda não fique ofendida.
Na passeata em plena Avenida Paulista, um manifestante, ridicularizando o humorista Guga Noblat, do programa CQC, disse algo interessante, meio que profético: “você já perdeu o emprego no CQC também?”. O repórter, sem nenhum poder de argumentação, se limitava a dizer: “ódio, ódio” e ameaçar os manifestantes dizendo que iam ser ridicularizados no programa de segunda-feira. Um rapaz, ao lado de Noblat, que o defendia de forma apaixonada, também dizia várias vezes “que ódio, que ódio”.
Guga Noblat, por sua vez, disse que o manifestante, que o filmava, odiava gays. Ele também mencionou algumas vezes sobre o tamanho de órgãos genitais. O CQC logo no lançamento do programa teve grande audiência. Mas, na mesma medida em que nivela suas “reportagens” sempre por baixo e, custe o que custar, defende o governo atual, seu ibope cai.
A Avenida Paulista tem sido lotada de gente que desaprova as ações do atual governo, não concorda com o uso de um sistema de apuração de votos que é impossível de ser auditado por uma pessoa comum, e quer que Lula e Dilma sejam responsabilizados por seus erros e de seus auxiliares. Isso tudo tem gerado enorme incômodo na esquerda, que não sabe muito bem como se comportar diante de uma oposição ativa. Estavam acostumados em ser o único protagonista das ruas. Mas esse tempo acabou.
Uma reportagem recentemente publicada no site Diário do Centro do Mundo, sobre a manifestação de 15/11, chama a atenção pela sutileza em que “destila seu ódio” contra qualquer um que fuja dos padrões prescritos pela esquerda. Vejam:
“A maioria das pessoas vestia camisetas da seleção brasileira ou roupas com cores que lembravam a bandeira nacional. Um rapaz levava a bandeira do estado de São Paulo. Camisas pólo eram abundantes.”
Perceberam? “__ camisas pólo eram abundantes”.
Foi uma maneira jocosa de tentar dizer que a maioria das pessoas das manifestações não pertencia às parcelas humildes da sociedade. Semeando o ódio, a esquerda continua plantando sementes de imbecilidade em sua militância. Por isso discurso de luta de classes permanece como um dos mais usados. Considerando o inconsideravel, que camisas gola pólo comprovem o poder aquisitivo de alguém, observe a fotografia em destaque. Quantas camisas pólo podemos contar? Acho que são poucas. Daqui a pouco vão contar as camisas pretas e dizer que são skinheads, neonazistas etc.
Ódio é cuspir na cara de idosos. Ódio é pichar a frente da casa de militares que lutaram para impedir que o comunismo destruísse nosso país. Ódio é assaltar os cofres públicos, pilhando o dinheiro que daria para construir centenas de hospitais, formar milhares de médicos e comprar inúmeros equipamentos que faltam hoje na saúde pública de nosso país. Ódia é divulgar na internet o ondereço de um cantor instigando pessoas a depredar seu patrimônio e atentar contra sua integridade física.
Outra novidade muito significativa, que não poderia deixar de ser mencionada, é o fato de escritores, economistas e filósofos serem citados nas manifestações recentes. Cartazes com nomes como Olavo de Carvalho, Mises e Reinaldo Azevedo foram vistos na avenida. Isso prova que esse povo que está nas ruas sabe muito bem o que está fazendo, e que está assentado sobre alicerces bem construídos. Não desistirão facilmente ante as dificuldades que aparecerão.
É preciso coragem para abdicar do politicamente correto. Artistas, jornalistas e escritores que tem assumido uma postura séria diante do saque que tem ocorrido no país, embora obviamente não busquem isso, tendem a ser cada vez mais reconhecidos como heróis da resistência e a serem alçados a posições de liderança. Podemos citar aqui Lobão, Gentilli e Olavo de Carvalho.
Na mesma medida em que a sociedade se torna mais esclarecida e atuante, a esquerda está num crescente de desespero que os faz ceder a sua tendência autoritária, cerceando o direito de expressão dos manifestantes, taxando qualquer comentário de “ódio” e proibindo as grandes redes de TV de cobrir os eventos. Mas isso acaba por surtir efeito contrário.
Um grande exemplo disso são as estratégias agora usadas para transmissão das manifestações. Já que parece que há uma proibição de que os protestos ForaPT sejam cobertos pela mídia, a sociedade tem criado seus próprios canais de transmissão e já espera-se que a manifestação do dia 29 seja transmitida por vários voluntários. Veja aqui algumas dicas sobre como transmitir o evento online. http://sociedademilitar.com.br/index.php/forcas-armadas/1523-trasmissao-ao-vivo-das-manifestacoes-anti-pt-29-de-novembro-de-2014-.html
Editado pelo Epoch Times