Manifestações em São Paulo e a verdadeira mídia golpista

14/11/2014 08:33 Atualizado: 14/11/2014 08:33

A verdadeira mídia vendida deste país é aquela que se vende há muito aos poderosos que ocupam o governo federal há 12 anos. É patético como a esquerda raivosa chama veículos como a Veja de “mídia golpista”, mas fecha os olhos ao fato de quem os principais, assim como uma série de veículos menores pelo país, estão aparelhados, entre eles a Folha de São Paulo, a revista Carta Capital e os sites Pragmatismo Político e Brasil 247 figuram com certa força.

A mesma esquerda fecha os seus olhos também à mídia contratada descaradamente pró-Dilma, como foi o caso da “Dilma Bolada”, paga com dinheiro dos pagadores de impostos (ora, de onde vem a principal parte do caixa dos partidos? Do “tal fundo partidário”).

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Essa mesma mídia vendida (para a esquerda e seus amiguinhos no poder) “noticiou” entre 1 mil e 2.5 mil manifestantes e falam em intervenção militar. Entre os veículos que seguiram essa linha estão: Folha de São Paulo, UOL (mesmo grupo), o Último Segundo (IG), CBN, Tribuna da Bahia (IG Bahia), Brasil 247, Jornal O Estado de São Paulo (Estadão) e Portal G1 (Globo). Ué, não são todos do tal de “PIG”? Alguns, como o Brasil 247, ainda se preocuparam em atacar os organizadores e algumas figuras que apoiaram, mais do que noticiar a manifestação.

A foto costuma ser a mesma: pelo menos 3 mil pessoas na foto (mas não houve 2.5 mil no máximo? Que coisa, não?), várias placas de “Fora Dilma” e pedindo impeachment e uma única dizendo “O Povo apoia as Forças Armadas”. Vejamos, há só na foto mais pessoas do que nas chamadas das “notícias”, só uma placa sobre os militares e ainda por cima fala em apoio, o que é diferente de pedir intervenção, mesmo que alguns possam querer necessariamente ligar uma coisa à outra. E a mídia ainda precisa ser “democratizada”? São “golpistas”? Bem, só se forem golpistas pró-PT.

Havia ao menos entre 8 mil e 10 mil pessoas, menos de 0,1% falou em militares e ainda foram rechaçados logo no começo, pois estavam atrapalhando a caminhada e os próprios organizadores discursaram contra a intervenção. Quero saber que informações foram essas “pegas juntos à PM” que tais veículos utilizaram. Segundo me passaram (informações internas) havia ao menos 30 mil pessoas, apesar que pelo “olhômetro” eu acredito que havia entre 8 e 10 mil, mas não duvido que houvesse 30 mil, pois em dado momento não consegui mais enxergar o final da passeata.

A Folha de São Paulo, ao ver que a “notícia” falando em 1 mil manifestantes e em golpe militar não pegou bem, fez outra falando em 2.5 mil manifestantes e que “alguns pediam o golpe militar” e apresentou como prova o depoimento de um dos que (segundo a folha) estavam lá, o investigador de polícia, Sergio Salgi. Fez também menção a seguinte frase do deputado federal eleito, Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), filho do também deputado federal, Jair Bolsonaro (PP/RJ): “voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra”. Claro que não citaram que se tratava de uma ironia, nem informaram o contexto da frase, ou sequer ela completa e ainda fizeram questão de frisar que Marcola é “um dos chefes da facção criminosa PCC.”. Não sou simpático há muitas pautas defendidas por Bolsonaros e Felicianos (mesmo porque defendem a existência do estado e funções para este), mas não admito desonestidade.

Esses textos são bem duvidosos e dizem mais sobre quem os escreveu do que sobre a manifestação em São Paulo. São veículos que estão alinhados a um projeto totalitário que pretende controlar a própria mídia. Estão cavando o buraco onde serão enterrados, assim como idiotas úteis defendem a implantação de um regime no qual serão os primeiros a perecer.

Confesso que prefiro ajudar a reestruturar a oposição, manter um trabalho focado na defesa dos direitos naturais e que não considero que a manifestação ocorreu no momento mais propício, pois deu a chance para que esses veículos (que me envergonham como jornalista) distorcessem a realidade a favor de seus próprios interesses e também permitirá que Dilma, Lula, José Eduardo Cardoso, Haddad e tantos outros taxem o movimento de “golpista”, “fascista” e “coisa da elite branca”, com um discurso nocivo, mas que infelizmente costuma convencer os menos atentos, que ainda são maioria. Contudo, apoiarei a iniciativa assim mesmo, por saber que se trata de um movimento legítimo e organizado pro indivíduos que querem impedir que vivamos sob um regime igual ao cubano, se manifestando pacificamente e sem interesses ditatoriais por trás, mas pró-liberdade, vida e propriedade.

A nós, resta manter a posição firme e não permitir que os verdadeiros golpistas levem a cabo seus planos de obter o poder absoluto e reprimir todos que estiverem em seu caminho, mesmo que tenham que desrespeitar os direitos naturais à vida, propriedade e liberdade, de cada indivíduo.

Liberdade em Foco