Mais de mil praticantes do Falun Dafa se reuniram na sede das Nações Unidas, na Praça Dag Hammarskjold na quarta-feira 14 de maio. Eles comemoraram o Dia Mundial do Falun Dafa (13 de maio), apelaram ao mundo por ajudar pelo fim da brutal perseguição ao Falun Dafa na China e apoiaram o número crescente de chineses que tem discretamente renunciado ao Partido Comunista Chinês (PCC).
“A escuridão e o pânico dos 15 anos de perseguição não podem ser descritos pela linguagem humana”, disse Charles Lee, porta-voz do ‘Centro Global de Renúncia ao Partido Comunista Chinês’, que faz parte de um movimento conhecido em chinês como ‘Tuidang’.
O Tuidang, que se refere a abandonar o Partido Comunista Chinês, é um movimento de base popular que vem crescendo desde o fim de 2004. As pessoas podem usar seus nomes reais ou um pseudônimo para declarar sua renúncia ao Partido Comunista, à Liga da Juventude Comunista ou aos Jovens Pioneiros Comunistas. O que é fundamental é o coração e a consciência da pessoa. Discrição e consideração são usadas para proteger a segurança dos indivíduos.
Mais de 165 milhões de pessoas já renunciaram, segundo o Centro Tuidang, sediado em Nova York e que acompanha as declarações feitas por cidadãos chineses que abandonam o Partido Comunista.
Muitos dos que renunciaram na China dizem que o fizeram após entender os crimes do Partido Comunista Chinês ao longo da história e que não querem ter sangue nas mãos. Muitos chineses são forçados a ingressar no Partido Comunista Chinês desde tenra idade, e muitos se filiam buscando benefícios políticos ou profissionais, pois isso facilita a carreira e a obtenção de privilégios na China.
O evento de duas horas ocorreu após um grande e colorido desfile que comemorou o 22º aniversário do Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, uma disciplina espiritual originária da China que ensina o cultivo íntimo da verdade, compaixão e tolerância. Este ano também marca o 15º ano desde que o Partido Comunista baniu a prática na China e começou uma brutal perseguição, com um saldo de mais três mil mortes confirmadas, embora o número real seja muito maior, segundo o Centro de Informação do Falun Dafa.
“Quero fazer um apelo a todas as organizações do mundo, incluindo as Nações Unidas atrás de mim, que impeçam os crimes do Partido Comunista Chinês”, disse Zhang Peng, que esteve preso na China por 11 anos por praticar o Falun Dafa.
Muitos chineses que aprenderam a verdade sobre o Partido Comunista Chinês renunciaram no local mesmo do evento. Eles assistiram e juntaram-se a ala do Tuidang no desfile e expressaram seus votos de que o Falun Dafa possa ser praticado livremente.
“Os praticantes são acolhedores e bondosos”, disse o sr. Huang, de 28 anos, que renunciou ao Partido Comunista Chinês durante o evento. “Aqui a informação é diferente da que recebemos na China. Acho que o Falun Gong é bom; acho que a verdade, a compaixão e a tolerância são coisas boas. Eu gostaria que mais pessoas soubessem sobre isso.”
Muitos nova-iorquinos que passavam pararam para assistir a manifestação e aprender mais sobre a perseguição. “É maravilhoso ver tantas pessoas expressando seus apelos de forma pacífica e organizada”, disse Susan Cergol, que trabalha em frente às Nações Unidas e assistiu ao comício de seu escritório.