Mamute em excelente estado de conservação descoberto na Sibéria

28/05/2013 20:29 Atualizado: 06/08/2013 17:11
Para o líder da expedição foi como o “renascimento” desse animal pré-histórico
A equipe envolvida na descoberta, constituída pelo Instituto de Ecologia Aplicada da Universidade Federal do Noroeste e pela Sociedade Geográfica Russa (Universidade Federal do Noroeste)

Cientistas encontraram grande parte de um mamute fêmea surpreendentemente bem conservado nas ilhas Lyakhov no norte da Sibéria, Rússia, e que mantém a maior parte de sua aparência original pré-histórica.

Ao mover o animal, os pesquisadores notaram seu aspecto de carne fresca descongelada e inclusive a presença de sangue escorrendo entre os espaços, informou na sexta-feira passada a Universidade Federal do Noroeste (UFN).

Para Semyon Grigoriev, líder da expedição, é o “renascimento de um mamute”, algo de valor inestimável para a instituição acadêmica.

O tecido fóssil, que inclui o torso, a cabeça e pernas traseiras, está “quase perfeito”, disse a equipe do Instituto de Ecologia Aplicada (IEA) da UFN e da Sociedade Geográfica Russa.

“Com fragmentos de tecido muscular, aprendemos que o corpo tem a cor vermelha natural da carne fresca”, disse Grigoriev, que é diretor do Museu do Mamute PA Lazarev e cientista do IEA.

“O sangue tem coloração muito escura e estava em espaços vazios sob a barriga”, disse Grigoriev. Quando separados os espaços internos, o cientista observou “com surpresa” que “escorria”.

“Isso é ainda mais surpreendente, pois a temperatura ambiente no momento da escavação permaneceu em torno de -7 a -10 graus Celsius. Pode-se supor que o sangue do mamute tenha propriedades crioprotetoras”, destacou Grigoriev.

A expedição recolheu amostras do líquido e pedaços de tecido para estudo.

Grigoriev acredita que o tronco inferior do mamute estava deitado em gelo quase puro, daí o estado de conservação do achado. Agora, com o degelo, a parte superior foi descoberta pelos autores e arrastada até a tundra, nas margens do Vitayala.

Analisando a estrutura dentária, descobriu-se que é um mamute fêmea que teria de 50 a 60 anos.

A universidade anunciou em 24 de maio que a descoberta tem gerado grande interesse e o Museu espera a visita de cientistas estrangeiros em julho.

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