Mais de 4.000 aldeões chineses protestam contra apropriação de terras

16/04/2013 16:00 Atualizado: 17/04/2013 17:06
Aldeões protestam na prefeitura de Panxu, província de Fujian, China (Weibo.com)

Moradores da vila de Panxu, na província de Fujian, têm permanecido sentados diante da prefeitura local desde 17 de março em protesto contra a arbitrária apropriação de terras efetuada por autoridades locais. Mas a situação se complicou em 13 de abril após representantes da aldeia serem detidos, o que levou milhares de moradores a invadirem o prédio do governo.

As terras agrícolas de propriedade coletiva, que compreendem 233 hectares (3.500 acres chineses), foram requisitadas pelo governo municipal para construir um campo de golfe, mas os camponeses só descobriram as intenções oficiais após uma autoridade local haver assinado a papelada em nome dos moradores. Pelos primeiros 70 anos, os moradores receberão 7.000 yuanes (US$ 1.131) por acre chinês como aluguel, mas após esse período seus direitos expirarão.

Uma fonte na cidade de Xihe disse ao Epoch Times que vários representantes do Comitê de Moradores de Panxu foram à prefeitura local defender seus direitos de propriedade das terras, mas foram ignorados. Em seguida, mais de 4.000 moradores surgiram e impediram que qualquer funcionário saísse até que seus companheiros fossem liberados.

Um grande número de policiais armados chegou às 23h para resgatar os funcionários. Como ninguém negociaria com os moradores, eles decidiram sentar-se em frente à prefeitura por toda a noite em protesto. Alguns representantes foram liberados no dia seguinte, mas três deles foram mantidos em detenção, de modo que os moradores continuam seu protesto pacífico fazendo turnos.

Outro morador disse ao Epoch Times que as autoridades locais não parecem se importar com seus direitos, mesmo após um mês de apelações. Em vez disso, eles receberam ameaças e intimidações, mas, segundo o morador, os aldeões não desistirão.

Aldeões protestam na prefeitura de Panxu, província de Fujian, China (Weibo.com)
Aldeões protestam na prefeitura de Panxu, província de Fujian, China (Weibo.com)

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