As autoridades japonesas declararam ontem (29) que socorristas encontraram mais de 30 pessoas com parada cardíaca perto do cume do Monte Ontake, segundo maior vulcão do Japão, com 3.067 metros de altura, que entrou em erupção no sábado (27). O termo parada cardíaca foi usado para dizer que as pessoas, que escalavam o monte, foram encontradas sem sinais vitais (sem pulso e respiração), mas ainda não foram declaradas mortas por um médico.
Dentre estas 31 pessoas, apenas quatro corpos do sexo masculino foram resgatados e puderam ter a morte confirmada, mas as equipes de salvamento e resgate temem que os outros 27 também estejam mortos.
Autoridades locais ainda informaram que os gases tóxicos expelidos pelo vulcão estão impedindo o acesso dos socorristas. Cerca de 45 pessoas ainda são consideradas desaparecidas, embora o governo acredite que estejam em segurança nos abrigos da montanha.
O vulcão começou a expelir fumaça, cinzas e rochas na madrugada de sábado, deixando cerca de 40 pessoas feridas com diferentes graus de queimaduras e lesões causadas pela queda. No momento da erupção, centenas de pessoas faziam trilha na região, destino turístico muito popular nesta época do ano. A maioria conseguiu sair da área sozinha. Operações com helicóptero do Exército também retiraram 230 pessoas do local.
Aproximadamente 550 militares, entre policiais, bombeiros e membros das Forças Armadas, participam das buscas e salvamento. A Agência de Meteorologia do Japão informou que a atividade vulcânica vai continuar e é possível que uma nova erupção aconteça, embora a tendência é que seja de baixa intensidade.
Na manhã de ontem, o órgão comunicou que uma cortina de fumaça de 300 metros de altura se formava a partir da cratera do vulcão. A última grande erupção do Monte Ontake ocorreu em 1979, quando mais de 200 mil toneladas de cinzas foram expelidas, de acordo com estimativas das autoridades do país.