Mais de 200 mil pessoas continuam isoladas na província de Kashmir, Índia, apesar do recuo das cheias que têm devastado a região dos Himalaias incluindo o vizinho Paquistão, anunciaram as autoridades locais.
As cheias e o deslizamento de terras durante dias, na época das monções, já provocaram mais de 450 mortos no Paquistão e na Índia, com as equipes de resgate tentando lidar com o desastre em larga escala.
Apesar das cheias lamacentas subsistirem, as equipes de emergência têm conseguido resgatar muitas pessoas em Srinagar, a principal cidade de Kashmir, e nas áreas vizinhas que foram atingidas pelas piores cheias deste século.
Segundo um comissário da região de Jammu, as equipes de socorro conseguem agora entrar nas casas para resgatar pessoas que estavam isoladas, mas também têm encontrado cadáveres.
O governo federal estima que pelo menos 200 pessoas morreram e cerca de 130 mil tiveram que ser salvas por equipes de socorro em Kashmir. Calcula-se que outras 200 mil pessoas permaneçam ainda isoladas e à espera de auxílio.
Há receio de que doenças possam eclodir na região, havendo carcaças de animais espalhadas pelas ruas.
Um dos responsáveis locais alertou ainda que as casas danificadas pelas cheias terão de ser reconstruídas rapidamente antes que o “frio intenso” do inverno chegue à região.
De momento, foram instalados 137 campos de acolhimento no vale de Kashmir, que prestam auxílio a 100 mil pessoas.
Também a “água potável é um problema”, tendo as autoridades aconselhado algumas medidas básicas para evitar doenças.
Cada família desalojada vai receber uma ajuda monetária para reconstruir a sua casa e receber comida gratuita durante seis meses, assegurou um responsável governamental.
Mais de 5.000 pessoas estão à espera no aeroporto pela possibilidade de saírem da região afetada.
Editado pelo Epoch Times