Maioria dos países assina tratado da ONU sobre comércio de armas, inclusive EUA

26/09/2013 11:05 Atualizado: 26/09/2013 11:05
O comércio de armas mal regulado traz consequências ruins para os direitos humanos (Jihan El Alaily/OCHA)
O comércio de armas mal regulado traz consequências ruins para os direitos humanos (Jihan El Alaily/OCHA)

Dezoito países, incluindo os Estados Unidos, assinaram nesta quarta-feira (25) um novo tratado que regula o comércio internacional de armas convencionais, aumentando para 107 o número de países que se comprometeram com o documento.

Agora, mais da metade dos Estados-membros da ONU já assinaram o tratado, ressaltou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

“É muito importante que os Estados Unidos, maior exportador de armas do mundo, tenha se comprometido a uma regulação internacional do comércio de armas”, disse o porta-voz de Ban.
O novo tratado, que só entrará em vigor quando receber 50 ratificações, visa à proibição da transferência de armas que poderiam ser utilizadas na prática de genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

Todas as armas convencionais dentro das categorias de tanques de guerra, veículos de combate blindados, sistemas de artilharia de grande calibre, aviões e helicópteros de combate, navios de guerra, mísseis e lançadores de mísseis, armas pequenas e armamento leve serão reguladas pelo tratado.

O estudo “O Fardo Global da Violência Armada”, encomendado pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) em 2011, mostrou que mais de meio milhão de pessoas morrem em decorrência da violência armada a cada ano e muitas outras sofrem lesões e abusos. Esses casos de violência são, muitas vezes, impulsionados pela ampla disponibilidade de armas.

O secretário-geral acredita que as assinaturas desta quarta-feira “contribuirão para os esforços de reduzir a insegurança e sofrimento das pessoas em todos os continentes”, disse o porta-voz de Ban.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil