Dados revelam que 67% dos eleitores não tem a mesma confiança que tinham em Chávez
A folgada margem que existia entre as preferências governamentais e a oposição pelo povo venezuelano para as eleições presidenciais começam a reduzir-se, segundo pesquisa realizada pela empresa Datin Corp a pedido dos dirigentes chavistas.
Os 10,7% de vantagem que Hugo Chávez obteve em outubro passado se reduziram para 8%, faltando duas semanas para as eleições de 14 de abril, informou a ABC.
Com 11% de indecisos e 7% de votos em branco, a pesquisa posicionou Maduro com 45% e Capriles com 37%.
Os dados revelam que os 67% que outrora votaram em Chávez não têm a mesma confiança em Maduro, situação reforçada pelos 23% de chavistas convictos e 54% de chavistas moderados.
64% crê que o governo informou de maneira insatisfatória sobre a situação de saúde do ex-líder, o que gerou desconfiança, segundo a ABC. Hugo Chávez morreu quando sofria de insuficiência cardíaca e complicações de um prolongado tratamento de câncer.
A Datin assinala que, no momento, Maduro segue na frente nos estados ocidentais de Lara, Zulia e Falcón.
Os líderes da oposição creem que esta situação gera grande nervosismo nas fileiras do oficialismo, que chegou a recorrer a expressões como “herdeiros de Hitler”.
Esta frase, dita por Maduro contra seu concorrente político Henrique Capriles e seus seguidores, surgiu logo que este pensou iniciar sua campanha eleitoral (entre 2-11 de abril) em Barinas, terra de Chávez, no mesmo dia que Maduro.
Maduro acusou Capriles de iniciar uma campanha de violência no país. Carlos Ocariz, diretor-geral da organização opositora, negou firmemente as insinuações.
“O que esse senhor vem fazer aqui? Por acaso ele nasceu em Barinas ou o povo assim deseja? Tudo que ele faz é provocar”, disse Maduro a simpatizantes num encontro realizado no mesmo estado, segundo a Globovisión.
Finalmente, Capriles iniciará seus atos no estado de Monagas (no noroeste) e quarta-feira irá a Barinas (no sudoeste).
“Creio que nossa Venezuela é grande o suficiente e as ruas largas o bastante para que todos possamos fazer [campanha] em espírito de paz, com espírito de proposta”, replicou Capriles, segundo a Globovisión.
Por sua vez, Maduro pediu a seus seguidores “apoio de todo o povo, das organizações políticas e dos revolucionários, para não caírem em provocações” e que “não o vejam”, segundo La Nación.
A Igreja Católica, devido à Semana Santa, interveio pedindo maior cordialidade diante dos insultos e acusações de todo calibre que têm sido feitas. Seguindo seu programa, Maduro repete os mesmos insultos de seu antecessor Hugo Chávez.
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