É impossível olhar diretamente dentro de um buraco negro e enxergar seu horizonte de eventos. Mas, em algumas circunstâncias, quando um buraco negro devora a matéria de uma estrela vizinha ele cria um espetáculo que pode ser visto como uma enorme radiação. Os cientistas são capazes de observar essa luz que vem do buraco negro, um pouco antes dela desaparecer, usando telescópios de raios gama de alta freqüência e de raios-X.
Mas, o mais interessante estava ainda por vir: uma equipe de pesquisadores japoneses, liderados por Mariko Kimura, um astrônomo da Universidade de Kyoto, foi capaz de ver o flash e os reflexos de uma luz visível, através de um mero telescópio de 20 cm, pela primeira vez na história. A variação da cintilação da luz foi medida entre 100 segundos e 150 minutos. Esta descoberta significa que, mesmo telescópios amadores que só conseguiam ver a luz visível podem visualizar a atividade de buracos negros, de acordo com a Space.com:
“Descobrimos que a atividade na região de um buraco negro pode ser observada em luz óptica à baixa luminosidade, pela primeira vez,” disse Mariko Kimura. “Estes resultados sugerem que podemos estudar fenômenos físicos que ocorrem nas proximidades do buraco negro usando telescópios ópticos moderados sem-alta especificação de raios-X ou de raios gama.”
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A equipe de pesquisadores descobriu a explosão em junho de 2015, quando o relativamente monótono V404 Cygni, o buraco negro mais próximo à Terra – que fica a 7.800 anos-luz de distância daqui -, de repente “despertou”, desde a sua descoberta em 1989.
Os pesquisadores esperam compreender esses eventos ainda mais, e têm encorajado o público em geral a também usar a luz óptica para observar o buraco negro.