Luta por cargos de liderança na China se intensifica

07/11/2012 09:00 Atualizado: 07/11/2012 01:36
O 17º Congresso Nacional do PCC em Pequim em outubro de 2007. (Guang Niu/Getty Images)

O confronto entre facções rivais no Partido Comunista Chinês (PCC) torna-se mais feroz enquanto o 18º Congresso Nacional se aproxima, quando a nova liderança será empossada pela próxima década. Membros leais ao ex-líder chinês Jiang Zemin estariam lutando uma batalha desesperada com os atuais líderes e seu plano para uma medida democrática no PCC, a fim de salvarem-se de serem eliminados.

O Epoch Times soube que Zeng Qinghong, o ex-vice-presidente do PCC e político influente aliado a Jiang Zemin, enviou uma ordem secreta aos membros da facção principesca, os filhos da segunda geração de líderes seniores do PCC, pedindo unidade para influenciar a transição da liderança no próximo Congresso.

‘Eleições competitivas’

O Epoch Times relatou anteriormente que o indicado próximo líder chinês Xi Jinping tem defendido um processo eleitoral mais competitivo no Politburo e em seu Comitê Permanente. Este plano ajudaria os membros da facção da Liga da Juventude Comunista, a base de poder do atual líder chinês Hu Jintao, dando-lhes maioria absoluta no Comitê Central, segundo a Agência Central de Notícias de Taiwan.

A facção de Jiang Zemin, portanto, seria empurrada para a beira da extinção, pois perderia o controle sobre os cargos mais altos no PCC.

Um artigo escrito por Gao Yu na Deutsche Welle também disse que um processo eleitoral mais competitivo será implementado para eliminar mais candidatos ao Comitê Central, ao Politburo e ao Comitê Permanente do Politburo, durante o 18º Congresso.

O artigo afirmava que durante toda a semana do feriado nacional de 1º de outubro, a Central do PCC realizou reuniões e convidou membros do Comitê Central e do Comitê Central de Inspeção Disciplinar, bem como oficiais provinciais e ministeriais, para fazerem uma votação experimental.

Os resultados teriam sido satisfatórios aos atuais líderes Hu Jintao, ao premiê Wen Jiabao e a Xi Jinping. Isso tornaria viável para eles expandirem o processo eleitoral competitivo no 18º Congresso.

Facção de Jiang Zemin responde

O Epoch Times soube de uma fonte que Zeng Qinghong tomou uma medida preventiva contra o plano, para influenciar a seleção de pessoal em ambos os círculos político e militar.

Zeng Qinghong, que também é um príncipe, enviou uma ordem secreta de forma verbal para cada delegado do 18º Congresso que pertence à “segunda geração vermelha”, instando-os a unirem-se e estimularem o conflito entre Hu Jintao, Wen Jiabao e Xi Jinping e lutarem por mais vagas em cargos de liderança do PCC.

Desde que o escândalo estourou em março, relacionado ao ex-chefe de polícia de Chongqing sob as ordens de Bo Xilai, o chefe da segurança pública Zhou Yongkang e Zeng Qinghong têm utilizado agentes secretos para coletarem informações potencialmente prejudiciais sobre os principais líderes, incluindo Hu Jintao, Wen Jiabao e Xi Jinping, disse a fonte.

A fonte também disse que príncipes, incluindo o general Liu Yuan, filho do ex-líder chinês Liu Shaoqi, e Wang Jun, o ex-presidente da Corporação Internacional de Seguros e Investimento da China que é filho do ex-vice-presidente chinês Wang Zhen, foram chamados para reuniões secretas várias vezes para discutirem o que fazer com a informação negativa sobre os líderes atuais e como expô-la para a mídia.

Segundo a fonte, alguns correspondentes da imprensa estrangeira na China foram convidados para essas reuniões.

A fonte disse que, como se tornou óbvio que Bo Xilai, o ex-secretário do PCC em Chongqing, receberá uma sentença dura e Zhou Yongkang enfrenta um futuro sombrio, Zeng Qinghong tem frequentemente recorrido a medidas desesperadas, segundo a fonte.

Como os membros da facção da Liga da Juventude de Hu Jintao terão a maioria dos assentos no Comitê Central no próximo Congresso, se um plano de eleição competitiva for realmente implementado, a facção da Liga da Juventude levará vantagem e dominará o Comitê Permanente do Politburo.

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.