Lojas de falsificados proliferam na China

05/09/2011 00:00 Atualizado: 05/09/2011 00:00

LOJA FALSA DA APPLE: Esta foto, postada na internet por um blogueiro vivendo na China, mostra uma loja falsificada da Apple em Kunming, China. (BirdAbroad)

A falsificação na China alcançou novas alturas

Além de produzir produtos de imitação, lojas inteiras vendendo esses produtos têm surgido. Recentemente, uma loja da Apple foi descoberta por um blogueiro, que exibia acessórios e produtos convincentes até que um exame mais detalhado revelou erros e inconsistências.

Outra descoberta recente inclui uma loja chamada “11 Móveis”, localizada na cidade de Kunming, no sudoeste da China, que se assemelha a uma loja Ikea. O icônico azul-e-amarelo da marca foram usados na loja varejista, contando ainda com uma cafeteria, mas o cardápio de cozinha chinesa substituiu a versão sueca de almôndegas e salmão.

A sede do Ikea na Suécia tomou conhecimento e está procedendo com a ação legal necessária. “Ikea é uma das maiores empresas de mobiliário doméstico no mundo, [e] proteger os direitos intelectuais de propriedade do Ikea é crucial”, disse a Ikea China, num comunicado a Reuters.

A empresa Nike, a maior empresa do mundo de artigos desportivos, também enfrenta desafios no mercado chinês quando se trata de lojas inteiras falsificadas.

Ao longo da principal rua comercial exclusiva para pedestres de Zhengyi, quatro imitações de lojas da Nike foram vistas. Após confirmação com o gigante de artigos desportivos, havia três lojas que eram oficiais. Isso sugeriria que a loja restante não seria legítima. Um porta-voz da Nike disse a Reuters que a questão das lojas sem licença foi parte do maior desafio do combate à falsificação na China.

“Nós levamos muito a sério a proteção de nossa marca e temos uma variedade de protocolos em vigor”, disse um porta-voz da Nike num comunicado.

Apesar de fortes vendas terem sido relatadas na China, os calçados falsificados têm atenuado os lucros da empresa.

O histórico das marcas ocidentais ganharem batalhas de propriedade intelectual na China tem sido confuso no melhor dos casos, pois há corrupção desenfreada no sistema judicial chinês. Em 2006, a cadeia de cafés Starbucks Corp. ganhou um processo contra a Xingbake Coffee (que é o nome conhecido do Starbucks em mandarim) por utilizar um logotipo e nome semelhante.