Às 2h30 da madrugada em 10 de julho, um voluntário do serviço de atendimento do ‘Centro de Assistência Global para Renunciar ao Partido Comunista Chinês’ em Toronto recebeu um telefonema da China continental. O homem que ligou ficou em silêncio e, depois, desligou. Ele ligou novamente, esperou e desligou novamente.
Zhang Jing, um voluntário que passa seu tempo livre ajudando chineses a renunciarem ao Partido Comunista Chinês (PCC), ligou de volta, duas vezes, antes que o homem começasse a falar. O homem disse que era um promotor da China que queria renunciar ao PCC, em nome de outras oito pessoas, incluindo um vice-secretário provincial do PCC e oficiais da administração ferroviária e da procuradoria. O promotor também queria renunciar ao PCC e suas organizações afiliadas em nome de seus filhos.
Por volta das 11h, horário local, cerca de nove horas depois de sua primeira ligação, o promotor deixou o PCC por si e por seus colegas e familiares.
Zhang Jing disse ao Epoch Times numa entrevista posterior que, inicialmente, o promotor falou hesitante, mas, gradualmente, se sentiu à vontade para falar abertamente depois de ser assegurado de sua privacidade e depois de Zhang explicar a verdade sobre questões politicamente sensíveis na China, como a perseguição ao Falun Gong e a ampla difusão do movimento Tuidang. (“Tuidang” significa “Renunciar ao Partido”, em chinês).
Em seu próprio trabalho o promotor disse que havia visto a escuridão do PCC, segundo Zhang. Ele estava indignado com a apropriação de bens do Estado cometida por altos oficiais do Partido Comunista, que enviam seus filhos para o exterior, juntamente com seus ganhos ilícitos. De acordo com Zhang, o promotor também culpou as políticas do PCC pelo desemprego de muitos chineses e pela miséria de tantos.