O orçamento militar da República Popular da China (RPC) continua a crescer, o que em parte reflete os custos pagos pelos líderes do Partido Comunista Chinês (PCC) para controlar as forças armadas.
Em 2013, a RPC terá gasto 116 bilhões de dólares em suas forças armadas, um aumento de 10,7% em relação a 2012. Este crescimento percentual de dois dígitos em gastos militares pelos últimos 10 anos conferiu a RPC um dos maiores orçamentos militares do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. O orçamento militar atual da China é 30 vezes maior do que 30 anos atrás.
De acordo com o Apple Daily de Hong Kong, nem Jiang Zemin nem Hu Jintao, ambos ex-líderes chineses, tiveram experiência ou prestígio suficiente para comandar a lealdade dos militares. Sua única opção para ganhar e manter o controle era usar promoções e recompensas.
Jiang Zemin foi capaz de controlar os militares promovendo uma série de oficiais de alta patente que eram leais a ele e este número aumentou múltiplas vezes durante seu governo. A frenética compra e venda de postos militares era de conhecimento comum na época. Os valores no período variavam segundo o mercado, enquanto compradores e vendedores negociam o melhor acordo.
Após Hu Jintao chegar ao poder em 2004, além de continuar a promover oficiais por sua fidelidade, ele autorizou aumentos salariais significativos para todos os militares três vezes. Em julho de 2006, todos nas forças armadas receberam um aumento que mais que dobrou suas folhas de pagamento. Em 2010, os salários quase dobraram novamente e os aumentos foram feitos retroativamente a partir de julho de 2008. (http://bbs.junzhuan.com/thread-1719424-1-1.html)
O Apple Daily relatou indícios de que outro aumento está a caminho para junho deste ano. Se isso se confirmar, parece que o novo líder chinês Xi Jinping também recorrerá à compra da lealdade dos militares.
Hu Jun, da Campanha dos Direitos Humanos na China, acredita que o aumento das despesas militares significa também um aumento nos gastos para a “manutenção da estabilidade”, uma expressão-jargão do PCC para o uso das forças policias e paramilitares com o objetivo de reprimir protestos populares. Isso poderia “intensificar os conflitos sociais e desnecessariamente sobrecarregar as classes média e mais baixas com tributação exorbitante”, disse Hu Jun, que teme os sinais de um levante social e popular.
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