O principal líder da Irmandade Muçulmana, chamado de guia supremo, Mohamed Badie, foi preso no Cairo, capital do Egito. O movimento liderado por ele é um dos principais entre os que apoiam o presidente deposto Mohamed Mursi, que está detido em algum lugar do país desde a sua destituição em 3 de julho.
Badie foi capturado num apartamento próximo à Praça Rabaa Al Adawiya, na qual manifestantes favoráveis a Mursi foram mortos na semana passada. Em três dias de confrontos com a polícia, 750 pessoas morreram.
O clima de tensão no Egito causa apreensão no mundo. Os Estados Unidos e vários países da Europa ameaçam suspender repasses financeiros se o impasse não for solucionado. O governo do Brasil condenou a violência no Egito e recomendou a busca de um acordo por meio do diálogo.
Após a prisão do principal líder da Irmandade Muçulmana, o movimento nomeou hoje (20) Mahmud Ezat como novo guia espiritual da organização. De acordo com as normas internas da Irmandade Muçulmana, em caso de ausência, doença ou em qualquer emergência, o número dois da organização substitui o líder. Foi o caso da nomeação de Ezat. Ontem (19) a Irmandade Muçulmana denunciou a detenção de pelo menos 400 dirigentes durante o fim de semana e acusou as autoridades de terem torturado até a morte 36 detidos.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil
Com informações da Agência Lusa