Líder da Irmandade Muçulmana no Egito é preso e um novo é nomeado

20/08/2013 13:09 Atualizado: 04/09/2013 23:47
O Tribunal Constitucional do Egito protegido por um tanque, enquanto o país sofre com a violência e o caos (Khaled Desouki/AFP/Getty Images)
O Tribunal Constitucional do Egito protegido por um tanque, enquanto o país sofre com a violência e o caos (Khaled Desouki/AFP/Getty Images)

O principal líder da Irmandade Muçulmana, chamado de guia supremo, Mohamed Badie, foi preso no Cairo, capital do Egito. O movimento liderado por ele é um dos principais entre os que apoiam o presidente deposto Mohamed Mursi, que está detido em algum lugar do país desde a sua destituição em 3 de julho.

Badie foi capturado num apartamento próximo à Praça Rabaa Al Adawiya, na qual manifestantes favoráveis a Mursi foram mortos na semana passada. Em três dias de confrontos com a polícia, 750 pessoas morreram.

O clima de tensão no Egito causa apreensão no mundo. Os Estados Unidos e vários países da Europa ameaçam suspender repasses financeiros se o impasse não for solucionado. O governo do Brasil condenou a violência no Egito e recomendou a busca de um acordo por meio do diálogo.

Após a prisão do principal líder da Irmandade Muçulmana, o movimento nomeou hoje (20) Mahmud Ezat como novo guia espiritual da organização. De acordo com as normas internas da Irmandade Muçulmana, em caso de ausência, doença ou em qualquer emergência, o número dois da organização substitui o líder. Foi o caso da nomeação de Ezat. Ontem (19) a Irmandade Muçulmana denunciou a detenção de pelo menos 400 dirigentes durante o fim de semana e acusou as autoridades de terem torturado até a morte 36 detidos.

Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil

Com informações da Agência Lusa