Líder comunista ordena investigar “300 bravos”

12/08/2012 09:00 Atualizado: 12/08/2012 09:00

Jia Qinglin no Grande Salão do Povo em Pequim em 3 de março de 2009. (Liu Jin/AFP/Getty Images)“300 bravos” localizados na cidade natal do líder comunista Jia Qinglin

Jia Qinglin, um alto membro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), viajou para a província de Hebei para “realizar pesquisas”, segundo um artigo da mídia estatal no mês passado. No entanto, uma fonte em Pequim disse ao Epoch Times que o verdadeiro propósito da viagem de Jia Qinglin era secretamente investigar os 300 aldeões que assinaram uma petição exigindo a libertação de um praticante do Falun Gong preso.

Em fevereiro, Wang Xiaodong foi preso em sua casa em vila de Zhouguantun, na cidade de Botou, província de Hebei. Sua irmã mais nova Wang Xiaomei recolheu assinaturas e impressões digitais de 300 representantes de famílias da aldeia numa petição exigindo que Wang Xiaodong fosse libertado pelas autoridades. O documento foi certificado com um selo oficial do chefe do comitê do PCC na vila. O incidente foi chamado de “caso dos 300 bravos”.

Quando isso foi divulgado no Politburo, a petição alarmou a liderança do PCC, porque isso demonstrava solidariedade e resistência contra a perseguição à prática espiritual Falun Gong realizada pelo regime comunista desde 1999.

A mídia estatal informou em 15 de julho que Jia Qinglin estaria na província de Hebei de 12 a 18 de julho visitando Botou, sua cidade natal. A fonte disse que na verdade Jia Qinglin foi enviado a província de Hebei para investigar a aldeia dos “300 bravos” e entender como o público chinês vê o Falun Gong.

A fonte também observou que as autoridades de Cangzhou e Botou não relataram os detalhes do “caso dos 300 bravos” às autoridades da província de Hebei, que, por sua vez, falhou em relatar os detalhes da prisão de Wang Xiaodong às autoridades centrais. Cangzhou é a cidade de nível de prefeitura da qual Botou faz parte.

Desde a visita de Jia Qinglin, o chefe de polícia Yang Jianjun da cidade de Botou foi transferido para uma posição de chefe de polícia em outro município. De acordo com o informante, mudanças de pessoal já foram feitas na Secretaria de Segurança Pública da cidade de Botou.

Um telefonema para a Secretaria de Segurança Pública de Botou confirmou que Yang Jianjun foi de fato substituído e transferido para o condado de Nanpi.

Nos últimos meses, casos de resistência local à perseguição das autoridades aos praticantes do Falun Gong têm surgido em todo o país. Em maio, 15 mil moradores da província de Heilongjiang assinaram uma petição exigindo uma investigação sobre a morte de um praticante e pedindo a libertação de dois outros membros da mesma família que também estão presos.

No ano passado, residentes na área de Chaoyang na província de Liaoning assinaram uma petição solicitando que Zhang Guoxiang, um praticante local do Falun Gong, fosse libertado e que seu dinheiro confiscado fosse retornado.