Líder chinês estaria investigando chefe da segurança sobre protestos anti-Japão

27/09/2012 09:34 Atualizado: 27/09/2012 09:34
O líder chinês Hu Jintao (esquerda) e Xi Jinping (direita) numa reunião da sessão plenária do Congresso Nacional Popular em 10 de março de 2011 em Pequim, China. (Lintao Zhang/Getty Images)

Uma fonte de Pequim disse a uma mídia parceira do Epoch Times em 20 de setembro que o líder chinês Hu Jintao ficou surpreendido ou chocado com as recentes e violentas manifestações anti-Japão e que Pequim estaria preparando uma investigação sobre o assunto.

“Hu Jintao afirma que as manifestações causadas pela disputa das ilhas Senkaku foram exploradas para causar agitação interna”, disse a fonte ao New Epoch Weekly, uma revista parceira do Epoch Times.

Em 18 de setembro, no 81º aniversário do “Incidente de Mukden” que o Japão usou como desculpa para invadir a China em 1931, chineses de cerca de 100 cidades desfilaram nas ruas, carregando retratos de Mao Tsé-tung e faixas com slogans cuja linguagem e tom estavam impregnados do espírito da Revolução Cultural.

Faixas com os slogans “Ilhas Senkaku pertencem a China e Bo Xilai pertence ao povo” foram usados em algumas cidades.

Em outros lugares, incêndios foram provocados, concessionárias de veículos queimadas, restaurantes destruídos e lojas japonesas saqueadas.

Internautas identificaram uma série de líderes do protesto como oficiais do Partido Comunista Chinês (PCC) ou da polícia, aumentando a preocupação de que os protestos em alguns casos não foram espontâneos, mas organizados com um propósito.

“Se o sistema político e legal está envolvido na cadeia de violência ainda está sendo investigado, mas parece que as autoridades de Pequim obtiveram algumas evidências”, disse o informante ao New Epoch Weekly.

Zhou Yongkang, o chefe do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos, que supervisiona o que a fonte se referiu como o “sistema político e legal”, estaria envolvido na organização dos protestos por trás dos bastidores, disse a fonte.

“Se é verdade, o consenso no PCC de que Zhou Yongkang se aposentará suavemente será alterado”, disse o indivíduo, o que significa que Zhou Yongkang pode enfrentar alguma forma de disciplina, dependendo do resultado da investigação.

Outra fonte bem informada em Pequim disse ao New Epoch Weekly que nos estágios iniciais do conflito sobre as ilhas Senkaku muitos generais militares do PCC assumiram uma atitude rígida sobre a questão, mas depois ficaram em silêncio quando Xi Jinping lhes pediu para não inflamarem as tensões.

A segunda fonte acrescentou que, após o 18º Congresso Nacional, uma série de príncipes (filhos de figuras comunistas revolucionárias) integrará a Comissão Militar Central e receberá ordens de Xi Jinping. Xi Jinping está garantindo que seja capaz de efetivamente conduzir a política externa com os Estados Unidos e o Japão, duas das principais relações internacionais para a China.

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.