A Líbia realizará suas primeiras eleições livres na sexta-feira, com milhares de candidatos em busca de um lugar no Congresso Geral Nacional do país.
O Congresso, então, selecionará um gabinete para substituir o Conselho Nacional Transitório que governa o país no momento. O Congresso também será encarregado de redigir uma Constituição e escolher um primeiro-ministro, segundo a Reuters.
Dos cerca de 3.700 candidatos que concorrem pelos 200 lugares, muitos têm agendas islâmicas, informou a agência de notícias. A Líbia tem 2,7 milhões de eleitores registrados. “Este é um novo começo para nós, estamos aprendendo a democracia”, disse Tarek Mabrouk, um lojista em Tripoli, à agência de notícias. “Todos nós esperamos que isso ocorra bem para que possamos seguir em frente.”
Embora haja esperança pela transição para a democracia depois de décadas do regime de ferro de Muammar Kadhafi, alguns ainda temem o poder exercido pelas várias milícias armadas que ajudaram a derrubar o ditador na guerra civil do ano passado.
Num novo relatório, a Anistia Internacional disse que essas milícias que “tem um estrangulado a Líbia estão cometendo uma série de violações de direitos humanos com impunidade”. Investigadores da Anistia encontraram que essas milícias podem fazer basicamente o que querem e muitas se recusaram a ingressar no exército ou na polícia líbia.
Estima-se que 4 mil pessoas ainda estejam detidas em prisões geridas por milícias que estão fora da jurisdição do governo da Líbia, disse o grupo de direitos humanos de Londres. Os pesquisadores disseram que, nesses centros, tortura e espancamentos são comuns.