Líbia parabenizada no primeiro voto livre

09/07/2012 03:00 Atualizado: 09/07/2012 03:00

Líbios contam votos num posto de votação na cidade oriental de Benghazi durante a eleição da Assembleia Nacional Geral da Líbia em 7 de julho. (Mohammed Abed/AFP/Getty Images)As cédulas de voto começaram a ser contadas na noite de sábado enquanto líbios em todo o país comemoravam as primeiras eleições livres em 42 anos. Na capital de Tripoli e em Benghazi, os eleitores soltaram fogos de artifício e aplaudiram após o fechamento das urnas na noite de sábado.

A eleição, a primeira após a deposição do ex-ditador Muammar Kadhafi, foi em grande parte pacífica, embora tenha havido incidentes de violência no leste do país. Na sexta-feira, um helicóptero que transportava oficiais eleitorais foi alvo de tiros de pistoleiros desconhecidos perto de Benghazi, enquanto no sábado, militantes lançaram bombas incendiárias em vários postos de votação no leste do país.

As eleições foram para os 200 assentos do Congresso Nacional, um órgão que supervisionará a elaboração da nova Constituição do país. Houve mais de 140 partidos e cerca de 3 mil candidatos concorrendo nas eleições. Na semana passada, 2,9 milhões de líbios, 80% dos eleitores, foram registrados para votar. A comissão eleitoral disse no sábado que o comparecimento às urnas foi de cerca de 60%, informou a BBC.

A eleição foi elogiada pelo presidente norte-americano Barack Obama. “Em nome do povo norte-americano, estendo meus parabéns ao povo da Líbia por outro marco em sua extraordinária transição para a democracia”, disse ele.

Observadores internacionais das eleições também elogiaram o país por sua rápida transição de um governo autocrático para a democracia. “Nenhuma eleição é fácil e para um país que tem estado tão isolado por tanto tempo, estar construindo instituições do Estado tão rapidamente, é notável quanto progresso foi feito em 11 meses”, disse John Stremlau do Centro Carter dos EUA em comentários à Voz da América. “Verdadeiramente extraordinário. Deve ser um motivo de orgulho para o povo líbio, eles chegaram tão longe tão rapidamente”, acrescentou Stremlau.

Observadores do Centro Carter vieram de oito países para observar as eleições: Canadá, Chipre, Egito, Alemanha, Iraque, Sudão, Estados Unidos e Iêmen.