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Liberdade e dança na China comunista

03/07/2012

Tim Wu dança durante a Competição de Dança Clássica Chinesa da NTD em 2010. (Dai Bing/The Epoch Times)A 5ª Competição Internacional de Dança Clássica Chinesa promovida pela emissora ‘New Tang Dynasty’ (NTD) de Nova York, será realizada em 18 de agosto em Hong Kong e em 5 de outubro em Nova York.

Autoridades em Pequim estão interferindo com a competição novamente. O Comitê dos Assuntos Político-Legislativos, o órgão que controla todo o aparato de aplicação da lei na China, emitiu uma ordem confidencial solicitando que a comunidade de dança chinesa boicote a competição e proibiu todos os dançarinos chineses de participarem na competição.

Na China, você tem a liberdade de pular de um prédio ou saltar num rio, mas você não pode dançar quando ou como quiser. Especificamente, não é permitido que um dançarino use sua imaginação para criar um ritmo original ou estilo de dança. Em vez disso, os movimentos de um dançarino são restritos à orientação da cultura do Partido Comunista Chinês, uma vez que a dança é considerada uma ferramenta política. Quanto a pioneiros e buscadores da verdade, de alguma forma, eles dançam enquanto estão algemados.

Historicamente, o povo chinês canta e dança muito bem. A dança chinesa tem uma longa história de milhares de anos. Movimentos profundos e culturalmente ricos da dança chinesa são encontrados nas danças clássicas, que são o ponto focal da competição.

Então, por que o regime chinês proíbe os dançarinos de participarem na competição internacional de dança chinesa da NTDTV? O que teme o regime chinês? Eles estão com medo das artes autênticas que promovem a verdade, a bondade e a beleza que contrastam com sua falsidade, maldade e fealdade? Eles temem que os participantes fujam em busca da liberdade? Ou talvez estejam preocupados que a opinião pública continuará a se voltar contra eles?

O regime chinês está plenamente consciente de uma coisa: A era em que as pessoas cantaram músicas comunistas e realizaram danças políticas grupais está desaparecendo, enquanto bailarinos independentes adotam a cultura original autêntica.

O totalitarismo é o arqui-inimigo da liberdade, no entanto, a liberdade nunca pode ser aprisionada. Durante os anos de 1960 e 70, Rudolf Nureyev, um bailarino da União Soviética, desertou para a França pela liberdade das artes. Ele quebrou a cadeia do aprisionamento totalitário e se tornou um farol de esperança para todos os outros dançarinos.

Na China, houve um exemplo semelhante na década de 80 quando Li Cunxin, ‘O Príncipe Camponês’, treinava no Houston Ballet. Depois de três dias, ele decidiu desertar pela liberdade e ficar nos Estados Unidos permanentemente. Sua deserção o levou a ser preso na embaixada chinesa. Mais tarde, Li foi libertado quando o então vice-presidente George H. W. Bush intercedeu em seu favor. Depois disso, Li Cunxin dançou no Houston Ballet e no Australian Ballet.

Para quem adora dançar, dançar por toda sua vida é uma possibilidade. No entanto, para um dançarino profissional, a vida artística é bastante curta. Uma competição internacional de dança chinesa que lhe permita mostrar seu talento e ampliar seus horizontes é uma oportunidade rara.

Quantas vezes uma pessoa pode apostar na vida? Naturalmente, para qualquer bailarino vivendo sob o regime comunista, uma aposta é um esforço duplo, um pela liberdade de dançar e outro pela liberdade de viver.