Li Bai, o sábio da poesia

08/04/2013 19:51 Atualizado: 01/06/2013 14:58
Li Bai é considerado um dos maiores poetas da China (Kiyoka Chu/The Epoch Times)

Li Bai (701-762 d.C.) foi um poeta famoso na Dinastia Tang e é considerado “o sábio da poesia”. Ele deixou mais de 900 poemas que ainda são recitados hoje em dia.

Quando jovem, ele demonstrava aguçada inteligência e confiança e, com 10 anos, ele já se destacava fazendo poemas e dísticos antitéticos. Além disso, ele também aprendeu a arte marcial da espada e tornou-se um exímio artista, tanto na arte literária quanto nas artes marciais.

Quando tinha pouco mais de 20 anos, ele começou a viajar por toda a China visitando montanhas famosas. Aos 26 anos, ele começou uma nova jornada, com o propósito de seguir uma carreira oficial, e suas viagens cobriram metade do império da época.

“Banquete no entardecer da primavera no Jardim dos Pêssegos e Peras”, de Leng Mei; no alto está um texto do poeta Li Bai com o mesmo título, inscrito por Chen Bangyan (Wikimedia)

Em suas perambulações, Li Bai ajudava os pobres e distribuía seus pertences com generosidade e cavalheirismo. Quando um de seus bons amigos faleceu subitamente, Li Bai ficou profundamente entristecido e organizou a cerimônia fúnebre, enterrando-o à beira de um lago. Como as pessoas preferiam ser enterradas em sua cidade natal, segundo os costumes, então, diante do túmulo, Li Bai prometeu levar os restos mortais do amigo de volta para casa e, alguns anos mais tarde, ele cumpriu sua palavra.

Com 42 anos, ele foi recomendado ao imperador de Tang por um oficial que havia lido seus poemas e ficou muito impressionado. O imperador emitiu um decreto solicitando que Li Bai se apresentasse na capital de Chang’an para servir à corte. Após servir o imperador por um curto tempo, Li Bai percebeu que o imperador apreciava apenas seu talento literário, mas não valorizava seus conselhos políticos. Por outro lado, ele achava cada vez mais difícil conviver com a arrogância das famílias nobres. Seu talento também atraiu a inveja e calúnias de oficiais poderosos e ele logo percebeu que não poderia continuar naquele ambiente.

Pouco depois, Li Bai deixou a capital e recomeçou suas andanças como um taoísta. Em sua peregrinação, ele nunca perdeu a confiança ou sua nobreza de espírito e manteve seus princípios coerentemente, mesmo quando se tornou pobre. Sua poesia também foi influenciada pelo budismo.

Os poemas de Li Bai refletem profunda admiração e empatia pela Dinastia Tang, mas também expressam o cavalheirismo que lhe era típico, o pensamento taoísta e sua filosofia eremítica. Mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida, Li Bai compôs belíssimos poemas. Sua obra reúne mais de 900 poemas, que resgatados e reunidos num livro, difundiram-se entre as famílias e o povo e se tornaram uma herança preciosa da literatura poética chinesa.

“Shàng yángtái tiě” (Subindo o terraço do Sol), o único pergaminho remanescente com a caligrafia do poeta Li Bai da Dinastia Tang, no Museu do Palácio em Pequim, China (Wikimedia)

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