Hong Kong é o terceiro centro financeiro no ranking mundial, uma potência regional. Esta foi a notícia no índice da Xinhua-Dow Jones 2013 sobre o Desenvolvimento dos Centros Financeiros Internacionais (IFCD, em inglês), publicado em 10 de setembro.
De acordo com a notícia, Nova York e Londres continuam sendo os dois primeiros centros. Hong Kong superou Tóquio pela primeira vez, assumindo o terceiro lugar. Shanghai permanece na sexta posição pelo terceiro ano consecutivo.
Hong Kong possui uma das maiores concentrações de bancos internacionais no mundo. Dos 100 maiores bancos, quase 70 fazem negócios em Hong Kong. A posição de Hong Kong como o principal centro financeiro da região se baseia em parte no seu mercado altamente transparente, com alta demanda de divulgação de organizações financeiras e fiscalização escrupulosa.
Pequim parece estar tentando melhorar as perspectivas de Shanghai. A capital chinesa apoia a recém-criada zona de livre comércio de Shanghai, onde o yuan seria plenamente conversível.
Enquanto esse movimento parece ameaçar a posição de Hong Kong como um centro financeiro offshore, o analista financeiro chinês Liao Shiming acredita que, enquanto Hong Kong puder manter seu sistema judiciário independente e sua liberdade, Shanghai não ameaçaria sua posição como o principal centro financeiro regional pelos próximos 30 anos.
De acordo com Liao, a Europa e os Estados Unidos não podem ameaçar o domínio de Hong Kong na região; atividades financeiras internacionais de Tóquio não se sobrepõem ou competem com as de Hong Kong em termos de cobertura ou área e, portanto, não têm efeito direto sobre Hong Kong. Shanghai é a única ameaça real.
Shanghai, com seus laços estreitos com Pequim, vantagem geográfica e situação econômica, já poderia ter passado à frente de Hong Kong, exceto pelo sistema judiciário independente de Hong Kong, um serviço público neutro altamente eficiente e seu fluxo de informação aberto e transparente.
Enquanto Hong Kong mantiver estas três grandes vantagens, sua posição financeira internacional não será superada por Shanghai, pois Pequim não permitirá que Shanghai se desenvolva de forma independente.
Liao disse ao Epoch Times: “Na verdade, por causa destas três grandes vantagens, cidades da China continental não podem superar Hong Kong para se tornarem um chamado centro financeiro. O ponto interessante é que essas três vantagens estão incorporadas no conteúdo do acordo de ‘um país, dois sistemas’.”