Legisladores americanos estão preparando um pacote regulador para a moeda virtual “Bitcoin”. Bitcoin é um programa que pretende se tornar um meio de troca universalmente aceito em virtude da sua segurança e escassez, impedindo assim o governo de tributar a população através da inflação.
A grande novidade do Bitcoin é exatamente esse: o fato do governo não poder regular sua emissão, distribuição e redistribuição, o que impede a desvalorização proposital da moeda.
Eu, particularmente, ainda tenho minhas restrições quanto ao Bitcoin, talvez por estar contaminado pela ideia de Mises de que uma moeda não nasce como moeda, mas sim como commodity que vai se tornando gradualmente aceita com o tempo, possuindo valor intrínseco. Os defensores do Bitcoin vão mais longe, dizendo que essa foi uma análise histórica, o que o próprio Mises reputa como inválida, e que o importante em uma moeda são as garantias de escassez e segurança, sem contar que os custos de transação do Bitcoin seriam muito mais baixos que os de uma moeda tradicional, o que daria uma vantagem muito grande da moeda virtual sobre as demais.
Uma outra empresa já criou uma moeda digital vinculada ao ouro, tentando superar essa questão da falta de valor intrínseco, garantindo a moeda virtual com garantia real, o que é ainda mais interessante para os céticos.
O fato é que a interferência governamental no sistema traz a instabilidade que os investidores justamente queriam evitar, mas já era previsível que essa interferência se daria, mais cedo ou mais tarde.
Para maiores esclarecimento sobre a moeda digital, recomendo o livro do meu amigo Fernando Ulrich, “Bitcoin – a moeda na era digital”, disponível nas melhores livraria e para compra online no site do Instituto Mises Brasil.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no site do Instituto Liberal
