Lai Changxing, o fugitivo chinês que é acusado de comandar uma rede de contrabando de bilhões de dólares, foi deportado do Canadá para Pequim e preso pela polícia chinesa.
A agência estatal de notícias Xinhua disse que Lai chegou a Pequim no sábado à tarde e foi imediatamente detido no aeroporto.
Lai tinha pedido ao governo canadense pela suspenção da deportação, mas seu pedido foi negado por um tribunal canadense.
Lai foi escoltado por dois policiais canadenses e embarcou num voo civil de Vancouver para Pequim em 22 de julho. Lai entrou no aeroporto através de uma entrada especial e embarcou mais cedo do que os outros passageiros, ele parecia calmo durante o voo e, ocasionalmente, conversou com os policiais, de acordo com um artigo da BBC.
De acordo com um artigo do website de notícias de língua chinesa DWNews.com, baseado fora da China, passageiros da classe empresarial do voo Air Canada AC29 disseram que Lai foi escoltado por pelo menos dois policiais canadenses. Uma cortina branca separou Lai dos outros passageiros e os passageiros não sabiam de antemão que estariam voando com ele a bordo.
Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Pequim, Lai foi escoltado para fora do avião pelos dois policiais, que logo se juntaram a outros cinco ou seis policiais chineses.
Lai teve de pagar por seu bilhete de avião de Pequim para Vancouver, que custou cerca de 1,599 dólares na atual temporada de verão, de acordo com a BBC.
O caso na China contra Lai envolveu o contrabando de cerca de 50 bilhões de yuanes (7,76 bilhões de dólares) em bens e uma taxa de evasão fiscal de 30 bilhões de yuanes (4,65 bilhões de dólares). Diz-se ter sido o maior caso de crime econômico desde o estabelecimento do regime comunista chinês em 1949. É também um caso que envolve centenas de funcionários do regime, fazendo o retorno Lai ser uma questão “sensível”.
Em 2000, Lai Changxing chegou ao Canadá usando seu passaporte de Hong Kong e começou seus 12 longos anos de aplicação pelo status de refugiado. No entanto, Lai foi finalmente deportado de volta à China com seu status de residente permanente de Hong Kong revogado.