O fugitivo chinês Lai Changxing foi deportado para a China e preso pela polícia chinesa, logo que desembarcou no aeroporto no sábado.
Lai, apelidado de “fugitivo mais procurado da China”, é acusado de comandar uma rede de contrabando de 10 bilhões de dólares. Ele fugiu da China e chegou ao Canadá em 1999, e vem lutando para ficar no Canadá desde então.
No início deste mês, poucos dias antes da viagem à China de 18-20 de julho do ministro das Relações Exteriores canadense John Baird, Lai foi preso pelas autoridades canadenses e previsto para ser deportado. Seu advogado pediu uma nova audiência para o caso de Lai, argumentando que Lai enfrentará tortura e execução se voltar à China.
Na quinta-feira, um juiz federal confirmou a decisão de deportar Lai, citando garantias dadas pelas autoridades chinesas ao governo canadense de que Lai não será executado ou torturado. Ele foi deportado no dia seguinte.
O Canadá não deporta pessoas que enfrentam execução se repatriados.
Falando numa teleconferência de Pequim na última segunda-feira, Baird disse que as autoridades chinesas asseguraram-lhe que o crime de colarinho branco não é mais passível de execução.
Na terça-feira, dois ex-vice-prefeitos condenados por suborno foram executados na China.
Baird disse numa teleconferência de Bali no sábado que a pena capital para crimes de colarinho branco depende da natureza do crime. Para o caso de Lai, ele disse que tinha garantias de que Lai não seria executado.
Baird enfrentou perguntas de jornalistas chineses e ingleses sobre se ele tinha ou não feito um acordo com o regime chinês para deportar Lai. Baird disse repetidamente que a questão da deportação de Lai é tratada pelo sistema judiciário canadense e o governo não pode intervir no caso.
“Eu falei com as autoridades chinesas, eu disse que o nosso sistema judicial funciona independe de questões políticas e que não deveríamos ou poderíamos intervir”, repetiu ele no sábado, de Bali, onde tinha acabado de participar da conferência da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Em junho, Zhang Junsai, o embaixador chinês no Canadá, disse que Lai será “com certeza” enviado de volta à China, de acordo a mídia de língua chinesa World Journal.