Krubera-Voronya é a caverna conhecida mais profunda do mundo. Sua entrada fica a 2.240 metros de altitude e 15 quilômetros do mar Negro. Está localizada no maciço de Arabika, na Abecásia, uma república independente da Geórgia, na região do Cáucaso.
Descoberta em 1963 por uma equipe de espeleólogos georgianos, foi chamada de caverna Krubera. Nessa época, eles a exploraram só até a profundidade de 57 metros. Em 1970, a caverna foi novamente explorada e chamada de Siberian. Em meados de 1980, a caverna teve uma terceira expedição, recebendo o nome de Voronya. Hoje, a caverna é conhecida na região como Krubera-Voronya.
A caverna possui apenas uma entrada e sabe-se que existe um rio subterrâneo que flui através dela que desagua no Mar Negro. Em 2001, Krubera-Voronya foi reconhecida como a caverna natural mais profunda do mundo, quando uma equipe de espeleólogos da Associação Ucraniana de Espeleologia a explorou até uma profundidade de 1.710 metros. Ao longo dos anos, profundidades cada vez maiores foram alcançadas. Em 2004, a Associação chegou à profundidade de 2.080 metros; em 2007, à profundidade de 2.191 metros e em 2012, à profundidade de 2.196 metros, a maior já alcançada.
Na bela ficção Viagem ao Centro da Terra, Júlio Verne imagina as profundezas da Terra como um lugar onde há luz artificial, dinossauros, cogumelos gigantes, mares, etc. Em Krubera-Voronya, a partir de certa profundidade a escuridão é total, o frio é grande, não há vegetação e a vida é escassa e sem diversidade. Em 2010, a bióloga portuguesa Ana Sofia Reboleira acompanhou uma equipe de espeleólogos a Krubera-Voronya; ela encontrou dezesseis espécies de pequenos invertebrados, cinco novas, algumas vivendo a mais de 2.000 de profundidade.
A caverna Krubera-Voronya é parte de um labirinto de túneis em pedra calcária que existe a milênios, com trechos estreitos e difíceis de passar. Ainda não se alcançou a profundidade máxima.
Veja abaixo fotos da expedição da Associação Ucraniana de Espeleologia à Krubera-Voronya, em 2012:
Veja o vídeo da expedição de 2012:
Visite o site da Associação Ucraniana de Espeleologia, que realizou a expedição.