O enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, pediu demissão na quinta-feira em meio a intensos combates entre as forças governamentais e rebeldes em Aleppo e em outras regiões.
O anúncio da saída de Annan, que também era o enviado da Liga Árabe para a Síria, fez o anúncio numa coletiva de imprensa do secretário-geral Ban Ki Moon.
Annan delineou um plano de seis partes para acabar com a violência, mas a situação só piorou. “A mão estendida para afastar a violência em favor do diálogo e da diplomacia, como enunciados no plano de seis pontos, não foi aceita, embora ainda continue sendo a melhor esperança para o povo da Síria”, disse Ban Ki Moon num comunicado.
Ban Ki Moon observou que as mãos da ONU foram amarradas na Síria devido a “divisões persistentes” no Conselho de Segurança, nomeadamente a Rússia e a China contra os países ocidentais. Rússia e China vetaram resoluções sobre a Síria três vezes.
O secretário-geral também disse que ele e o chefe da Liga Árabe, Nabil El Araby, procuram encontrar um sucessor para Kofi Annan. “Continuo convencido de que mais derramamento de sangue não é a resposta; cada dia disso só fará a solução mais difícil ao trazer mais sofrimento para o país e maior perigo para a região”, disse Ban.
Na quinta-feira, o presidente norte-americano Barack Obama aprovou o envio de mais 12 milhões de dólares em ajuda humanitária aos sírios, vítimas do conflito entre as forças do regime e os rebeldes.