O presidente da Rússia Vladimir Putin desembarcou nesta sexta-feira (9) na cidade de Sebastopol, na Crimeia. Foi a primeira deslocação dele à península ucraniana desde que a Crimeia foi incorporada pela Rússia, em março deste ano.
Segundo a assessoria de imprensa do Kremlin, Putin viajou para a Crimeia após comandar o desfile anual do Dia da Vitória, em Moscou, que teve a presença de 11 mil militares; data que marca o aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Em Sebastopol, Putin inspecionou os navios russos do Mar Negro, juntamente com o ministro da Defesa, Serguei Choigu, e depois participou de outras solenidades relacionadas ao aniversário do fim da guerra na Crimeia. Em 2014 comemora-se o 70º aniversário da batalha pela qual o Exército Vermelho recobrou o domínio da Crimeia, que estava em posse dos nazistas.
Para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Crimeia permanece sendo jurisdição da Ucrânia. O secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen, disse que a Organização “considera a ida de Putin à Crimeia como inadequada”. Em Kiev, o ministério dos Negócios Estrangeiros do governo de transição respondeu em comunicado que considerou a visita um “evidente desrespeito à soberania da Ucrânia”.
Washington julgou uma decisão “que apenas intensificará as tensões na região”. “Não aceitamos a anexação ilegítima da Crimeia pela Rússia. Tal visita só irá exacerbar as tensões”, declarou à AFP Laura Lucas Magnuson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do gabinete para a política externa do Presidente Obama.