O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela declarou hoje (7) “inadmissíveis” dez recursos de impugnação e nulidade das eleições presidenciais de 14 de abril deste ano. Os recursos tinham sido apresentados por representantes do candidato oposicionista, Henrique Capriles, e da coligação de oposição Mesa de Unidade Democrática, que, segundo a presidente do STJ, Gladys Gutiérrez, não apresentam provas suficientes das diferentes situações.
“Cabe aos reclamantes expor de maneira clara, precisa e completa as circunstâncias cujo acontecimento se encaixe nos supostos casos de nulidade que a lei tem estabelecidos”, disse Gladys Gutiérrez, em entrevista à imprensa.
Para o STJ, os autores dos recursos não fizeram uma “narração circunstancial dos fatos em que baseiam seus argumentos de alegada fraude eleitoral, nem dos fatos em que se fundamentam as denúncias”.
A rejeição dos recursos foi divulgada um dia depois de Capriles ter anunciado que recorreria a “instâncias internacionais” para contestar os resultados das eleições presidenciais de abril, ganhas por uma pequena margem por Nicolás Maduro. “Vamos recorrer às instâncias internacionais. Planejamos apresentar a nossa queixa no final deste mês”, disse Capriles, que considera perdido o recurso interposto há três meses perante o STJ.
O líder da oposição venezuelana não informou a que instância internacional pretende recorrer, mas especificou que serão apresentadas duas queixas, uma em seu nome e outra em nome da coligação da oposição, a Mesa da Unidade Democrática.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Lusa (via Agência Brasil)
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