Justiça do Egito determina fechamento de quatro emissoras de televisão
A Justiça do Egito determinou hoje (3) que sejam fechados os canais de transmissão da emissora de televisão Al Jazeera no país e de mais três redes – Al Yarmuk, Al Quds e Ahrar 25 – ligadas à Irmandade Muçulmana e que apoiam o presidente deposto Mohamed Morsi. Todas as emissoras são apontadas como religiosas, mas com ligações políticas.
De acordo com as autoridades egípcias, as emissoras não dispunham das autorizações necessárias e divulgavam informações incorretas que prejudicam o país e a população. As emissoras Ahrar 25, Al Yarmuk e Al Quds sofreram interrupções anteriormente várias vezes. A emissora Al Jazeera denunciou ser alvo de uma campanha do governo de críticas.
No dia 1º, três jornalistas estrangeiros independentes que trabalhavam para a Al Jazeera, em inglês, foram expulsos do Egito, enquanto os escritórios da estação de televisão no país voltaram a ser revistados e todo o material apreendido.
Um correspondente da Al Jazeera, em língua árabe, e um cinegrafista ficaram presos por mais de um mês, segundo a cadeia de televisão. As autoridades acusam a emissora de fazer uma cobertura parcial das manifestações e dos confrontos que se seguiram à destituição de Morsi.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil