Indígenas do povo Guajajara, do grupo étnico Arariboia, no Maranhão, denunciaram o assassinato da menina Awá-Guajá
O assassinato brutal de uma criança da etnia Awá-Guajá cometido por madeireiros tem causado grande impacto na população brasileira desde que a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) começou uma investigação sobre os alegados culpados, que teriam estuprado e queimado viva a índia.
A Funai, órgão federal responsável pela execução da Constituição Federal de 1988 sobre a política indigenista do país, informou que na próxima semana, após a conclusão da investigação, a coordenadoria se pronunciará a respeito da denúncia, de acordo com a Folha.
Os povos indígenas Guajajara (ou Tenetehara), terra indígena do grupo étnico Arariboia, localizada no estado do Maranhão, denunciou o assassinato da menina Awá-Guajá, um grupo indígena que se mantem isolado de outros grupos, conforme informado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
O corpo carbonizado da garota de cerca de 8 anos, foi encontrado em outubro do ano passado a 20 quilômetros da aldeia Patizal do povo Guajajara, ambos localizados na região do município de Arame, estado do Maranhão, segundo o CIMI.
Rosimeire Diniz, coordenadora do CIMI no Maranhão, afirma que a reclamação foi feita há muito tempo. A presença de madeireiros ameaçam as tribos isoladas. No entanto, não existem medidas para proteger seus povos.
Muitos outros casos de violência contra os índios ocorreram no estado do Maranhão. Em 26 de setembro de 2011, uma senhora indiana, de 51 anos, Ramkokamekrá Conceição Krion, do povo Canela, foi morta a facadas.
Em outubro, uma menina indígena de 22 anos, deficiente mental, foi abusada sexualmente por um homem chamado Francildo, que veio armado à aldeia.
Os Awá-Guajá foram atacados no ano passado na floresta por madeireiros quando coletavam mel dentro da reserva indígena. Os Guajajaras relatam a presença constante de madeireiros, além de ameaças e ataques.