O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou nesta quinta-feira (21) que seu departamento deu início a uma “investigação penal” para apurar o assassinato do jornalista americano James Foley, decapitado por um integrante do grupo terrorista jihadista Estado Islâmico (EI – Califado): “O Departamento de Justiça está trabalhando ativamente para que se faça justiça neste caso”. A declaração de Holder foi feita depois que o presidente Barack Obama prometeu fazer “o necessário para que se faça justiça” pela morte de Foley.
O jornalista tinha 40 anos e havia sido sequestrado na Síria em novembro de 2012. “Os que tenham cometido tais atos têm que entender algo. Temos boa memória e nosso alcance é muito amplo. Não vamos esquecer o que ocorreu e as pessoas envolvidas terão que prestar contas de uma maneira ou de outra”, acrescentou Holder.
O secretário de Justiça elogiou o trabalho de Foley em zonas de risco. “Ele era um jornalista e era um símbolo do que é correto sobre os Estados Unidos”. No final de junho, Washington lançou uma operação na Síria para libertar reféns americanos das mãos do grupo terrorista jihadista, mas a missão não teve êxito porque não acertou a localização das pessoas, revelou o Departamento de Defesa na quarta-feira.
O governo americano não informou quantos reféns estariam na Síria e nem se Foley estava entre eles, mas os jornais The Washington Post e The New York Times, com base em fontes oficiais, asseguraram que o jornalista poderia ter sido um dos libertados nessa missão.