Julgamentos encenados na China servem para humilhar réus e advogados

11/12/2014 06:00 Atualizado: 10/12/2014 11:23

Quando o advogado da sra. Gu Zucui, uma praticante do Falun Gong da China continental, saiu do tribunal depois de um julgamento encenado, ele foi imediatamente cercado por funcionários públicos e por integrantes da Agência 610.

Com o intuito de intimidar o advogado por ele ter feito a defesa de uma praticante do Falun Gong, uma pessoa pegou seus óculos e pisou em cima deles.

Sem dizer uma palavra, o advogado deixou o local.

Os funcionários disseram com estardalhaço: “Se ele reagisse, nós bateríamos brutalmente nele, ao ponto em que ele nunca mais se atreveria a voltar a Pengzhou.”

O julgamento ocorreu no Tribunal de Justiça da cidade de Pengzhou em 12 de novembro de 2014. O tribunal foi fortemente vigiado pela polícia, funcionários à paisana e pessoal da Agência 610. Praticantes que vieram para assistir ao julgamento foram presos. O número de praticantes presos está sob investigação.

Os patrulheiros estacionaram ao lado de fora das residências dos praticantes locais para impedi-los de participarem do julgamento.

O tribunal estava cheio de funcionários do governo. Qualquer um que quisesse participar do “julgamento público” tinha que apresentar sua identidade, o que foi considerado como uma solicitação ilegal feita pelo tribunal.

A sra. Gu Zucui foi detida por funcionários da Agência 610 quando estava falando para as pessoas sobre o Falun Gong num mercado em 6 de janeiro de 2014. Ela foi enviada para a Delegacia de Polícia da cidade Aoping, onde permaneceu detida durante dez meses.