PCC demite advogados e nega o devido processo legal ao homem apoiado pelos ‘300 bravos’
O julgamento contra um praticante do Falun Gong, que inspirou 300 famílias de camponeses a assinarem uma petição exigindo sua libertação, iniciou sua sessão no tribunal da cidade de Botou a portas fechadas em 18 de julho. Uma das primeiras coisas que as autoridades judiciais comunistas fizeram foi demitir seus advogados e nomear os seus próprios no lugar.
Wang Xiaodong, o praticante do Falun Gong em julgamento, foi preso em sua casa na vila de Zhouguantun na cidade de Botou, província de Hebei, em 25 de fevereiro. Ele foi então levado para o Centro de Detenção da cidade de Botou. Em abril, representantes de 300 famílias na vila de Zhouguantun colocaram suas assinaturas e impressões digitais numa petição solicitando a liberação de Wang. A petição finalmente chegou ao alto escalão da liderança do Partido Comunista Chinês (PCC), segundo fontes familiarizadas com a situação que falaram com o Epoch Times sob condição de anonimato.
A família de Wang não recebeu notificação do tribunal até 17h do dia antes da sessão. Além disso, os praticantes do Falun Gong na cidade de Botou foram proibidos de participar da sessão do tribunal e alguns também foram colocados sob vigilância policial.
De acordo com uma fonte interna, a segurança era extremamente rígida no dia da sessão na corte. A rua em frente ao tribunal de Botou foi bloqueada e nenhum veículo ou pedestres foi autorizado a entrar. Policiais foram vistos guardando a frente do edifício.
Mais tarde, um grande número de policiais e agentes à paisana chegou, segundo uma fonte. A polícia também foi estacionada nos cruzamentos principais ao longo da rota entre o centro de detenção da cidade de Botou e o tribunal. Vários carros da polícia estavam estacionados perto da entrada do tribunal.
O irmão mais velho de Wang Xiaodong disse ao Epoch Times que as autoridades locais não permitem que os membros da família e amigos, exceto a mãe e irmã mais velha de Wang, participem da sessão do tribunal.
Além disso, o tribunal dispensou autoritariamente os dois advogados de Pequim que foram contratados pela família de Wang para defendê-lo, apesar da forte oposição de Wang Xiaodong e sua família. O tribunal enviou dois advogados designados pelo governo para representarem Wang. A irmã mais velha de Wang pediu para defender ela mesma seu irmão, mas seu pedido também foi negado pelo juiz, segundo o irmão de Wang.
O julgamento começou a sessão às 9h. Duas horas mais tarde, a seção foi suspensa sem veredito decidido.
Antes do julgamento de Wang, sua irmã mais jovem Wang Xiaomei foi condenada a um ano de trabalho forçado no campo de trabalho de mulheres da província de Hebei por seus esforços em recolher as 300 assinaturas na petição que apoiava a libertação de Wang. Antes de sua prisão, Wang Xiaomei também escreveu uma carta de apelo à comunidade internacional, pedindo sua ajuda na libertação de seu irmão.
Os pedidos de sua família para visitarem-na foram negados, segundo uma reportagem da NTDTV. Somente após a filha de Wang Xiaomei, de 13 anos, concordar em persuadir sua mãe a desistir de suas crenças a polícia concedeu permissão à filha para vê-la.