Um ex-político e juiz de São Francisco escreveu para o Departamento de Estado dos Estados Unidos expressando sua preocupação sobre a influência chinesa nos EUA.
Quentin Lewis Kopp, um juiz aposentado do Supremo Tribunal, ex-senador da Califórnia e supervisor de São Francisco, enviou uma carta em 1º de fevereiro em resposta às tentativas do cônsul-geral Gao Zhansheng do consulado chinês de São Francisco de tentar bloquear o apoio e patrocínio a uma companhia de arte nova-iorquina que faz turnê pelos EUA.
Gao Zhansheng escreveu a um membro do conselho da cidade em Seattle em janeiro pedindo-o que não assistisse ao show do Shen Yun em 7 de fevereiro naquela cidade.
“Como um cidadão norte-americano, sinto-me espantado com a maneira como um representante de governo estrangeiro do consulado chinês em São Francisco visa intimidar e impedir o apoio a uma instituição cultural em nosso país e a uma produção teatral de considerável mérito”, escreveu Kopp em sua carta.
O Shen Yun é a primeira companhia de dança clássica chinesa no mundo. Suas performances incluem vinhetas históricas e apresentações em grupo, que também incluem representações artísticas da atual perseguição realizada pelo Partido Comunista Chinês (PCC) contra a disciplina espiritual e pacífica do Falun Gong. A performance é frequentemente apresentada por associações locais do Falun Gong de diversas cidades.
“O espetáculo diz a verdade sobre o que acontece na China – que lá você não pode seguir seu próprio caminho espiritual”, disse Zhiping Kolouch, o presidente da associação do Falun Dafa em Seattle, numa entrevista anterior ao Epoch Times. “Neste exato momento, existem milhões de pessoas na China que podem perder tudo por defenderem suas crenças.”
Oficiais do PCC no estrangeiro têm um longo histórico de tentar denegrir as performances do Shen Yun e tentar impedir que políticos compareçam a elas. No início de 2011, em Auckland, Nova Zelândia, uma membra do conselho da cidade, a Dra. Cathy Casey, ficou “indignada” com uma carta similar de uma missão chinesa no estrangeiro.
“Estou muito chateada pelo fato de o consulado chinês pensar que pode influenciar membros eleitos de um país anfitrião, quando, na verdade, eles são nossos convidados”, disse ela.
A carta enviada por Gao Zhansheng evocava noções de “amizade” e “cooperação bilateral” entre Seattle e sua cidade irmã chinesa Chongqing. Estas relações amistosas poderiam ser comprometidas caso o membro do conselho comparecesse à apresentação do Shen Yun, conforme indicado na carta.
Kopp anexou a carta do cônsul Gao num recado que enviou à secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton e pediu que fosse informado se o Departamento de Estado estava ciente de atividades similares exercidas por oficiais consulares chineses nos EUA.
“Meu intuito com esta carta é também recomendar que as devidas providências sejam tomadas para evitar novas tentativas de intimidação deste grupo, alertando o ministro das Relações Exteriores da República Popular da China que atitudes como essa não serão toleradas e que este tipo de comportamento não é aceitável nos EUA”, escreveu Kopp.