Jovens ciclistas pedem fim dos abusos aos direitos humanos na China

09/06/2015 13:27 Atualizado: 05/06/2015 13:33

“Jovens Embaixadores (Youth Ambassadors)” de mais de dez países posam para foto pouco antes de iniciarem uma viagem de bicicleta, em 31/05/2015. Eles são ciclistas do grupo Ride to Freedom, grupo de 30 jovens que irá de bicicleta de Los Angeles a Washington, DC, e daí até New York, numa viagem de cerca de 5.000 quilômetros, para finalmente realizarem uma campanha para ajudar cinco órfãos chineses cujos pais foram mortos na China por causa de suas crenças religiosas.

O “Ride 2 Freedom”, grupo de jovens ciclistas do mundo todo, realizou evento público em 31 de maio para marcar o início de uma jornada. Eles vão percorrer de bicicleta cerca de 5.000 quilômetros. Vão de Los Angeles até Washington, DC, onde planejam se reunir com o Presidente Barack Obama, e de lá irão até Nova York, onde planejam falar com membros das Nações Unidas, num esforço para chamar atenção para a opressão, as torturas e o abuso sistemático do regime chinês contra grupos de cidadãos chineses: homens, mulheres e crianças, muitos deles prisioneiros de consciência.

O direito de crença religiosa é uma questão global. Na China, grupos religiosos são alvo de torturas, de um verdadeiro terrorismo físico por parte do regime chinês. Entre as práticas do regime chinês está a sistemática extração de órgãos de prisioneiros de consciência vivos, ou seja, usam prisioneiros de consciência – não criminosos – como um estoque vivo de órgãos humanos para uso em transplantes. É uma verdadeira colheita de órgãos orquestrada nos bastidores do regime chinês. Isso já foi levado ao conhecimento da ONU e está bem documentado em livros de conceituados autores internacionais, tal como o de Ethan Gutmann: “The Slaughter: Mass Killings, Organ Harvesting, and China’s Secret Solution to Its Dissident Problem [A Matança: Assassinatos em Massa e Colheita de Órgãos, a Solução Secreta da China para seus Problemas de Dissidência]”.

Essa violência do regime chinês, pela sua própria natureza, é uma verdadeira guerra contra civis chineses e, em muitos casos, famílias inteiras estão presas por causa da fé de um de seus membros.

Os participantes do grupo “Ride 2 Freedom” são praticantes de Falun Gong (ou Falun Dafa). São jovens sem vícios, estudantes que vivem perfeitamente integrados à sociedade e que optaram por uma prática baseada nos princípios verdade, benevolência e tolerância.

A perseguição ao Falun Gong ou Falun Dafa é um exemplo da intolerância e perseguição do regime chinês a grupos de fé religiosa, entre os quais estão também católicos e protestantes.

Essa opressão e violência contra as religiões são para tentar impor o medo a todos aqueles que não bebem na mesma fonte da ideologia do Partido Comunista Chinês. Pode-se dizer que o regime chinês não tolera nenhuma religião exceto a linha de pensamento hegemônica do Partido Comunista Chinês, a qual é imposta ao povo como “religião”.

Alguém que tortura uma pessoa comete crime contra uma pessoa, no entanto, a tortura sistemática do regime chinês, acima da justiça, contra grupos de cidadãos chineses é um crime contra um povo, possivelmente contra a humanidade.

Essa perseguição na China é um problema global porque é um real ataque ao lado humano que ainda há e resiste nas pessoas.

Devemos estar conscientes de que o silêncio ante a violência e os abusos ao outro pode ser interpretado como aceitação ou até mesmo apoio ao mal.

Para obter mais informações, visite www.ride2freedom.us

Shelley B. Blank trabalha como jornalista para os principais jornais nacionais e internacionais. Ela já produziu programas para a Public Radio e realizou palestras sobre comunicação multimídia moderna e tecnologia.