John Kerry chega ao Egito para tratar do cessar fogo em Gaza

22/07/2014 07:00 Atualizado: 21/07/2014 21:33

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou ontem (21) à capital do Egito para contatos diplomáticos no sentido de garantir um cessar fogo em Gaza.

Kerry vai encontrar-se com o secretário-geral das Nações Unidas que também se encontra no Cairo e com as autoridades egípcias, numa tentativa de conseguir terminar o conflito entre Israel e o Hamas, em Gaza.

Um porta-voz do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse que o número de feridos aumentou para 3.300, enquanto fontes israelenses indicam que contabilizaram cerca de meia centena de pessoas que foram assistidas pelos médicos em Israel, desde que começou a operação terrestre.

O exército israelense ainda não confirmou as alegações do Hamas de que no domingo à noite anunciou a captura de um soldado de Telaviv, fornecendo a identidade e o número militar.

Hoje (22), além do ataque direto de Israel contra 53 objetivos, verificou-se igualmente um incidente num túnel, naquela que foi a quinta tentativa, registada nas últimas duas semanas, de incursão armada do Hamas em território israelense.

Israel afirma ter neutralizado cinco outros túneis que estavam sendo utilizados para infiltrações, além de servirem como depósito de armamento e posto de comando.

Apesar da presença militar israelense em Gaza e dos intensos bombardeios, na última madrugada os lança-foguetes dos militantes do Hamas realizaram 51 disparos contra Israel, 11 dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa “Cúpula de Ferro”.

Dois projéteis foram derrubados sobre Telaviv e um terceiro caiu numa zona desabitada da cidade israelense.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, disse durante a reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ocorreu no domingo em Nova Iorque que é preciso “justiça” para com os palestinos vítimas do “massacre de Shahaiya”, zona alvo de um ataque das tropas de Israel em Gaza, e que admite, por isso, recorrer aos tribunais internacionais com a acusação de crimes de guerra.

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