A Coreia do Sul e o Japão estão programados para assinarem um acordo militar histórico, apesar da controvérsia sobre as atrocidades cometidas por Tóquio durante o período colonial.
O Japão disse que assinará um pacto com a Coreia do Sul na sexta-feira, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores à agência de notícias Yonhap. O acordo permitirá que os dois países troquem informações militares sobre os programas de mísseis da Coreia do Norte e de inteligência sobre a China.
“Muitas pessoas concordam, em princípio, que a cooperação Coreia-Japão-EUA é importante em termos de nossa segurança, mas não é a verdade que o pacto foi empurrado rapidamente”, disse Cho Byung Jae, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, à agência de notícias.
Este seria o primeiro acordo militar assinado pelos dois países em quase 70 anos. O Japão governou a Coreia de 1910 a 1945. “Não deveríamos dar nossa informação militar classificada ao Japão, que pretende se tornar nuclear”, disse Park Jie Won, o líder de base da principal oposição do Partido Democrático Unido, conforme citado pelo jornal Korea Times.
Um grupo cívico, o ‘Conselho Coreano para as Mulheres Alistadas para Escravidão Sexual Militar pelo Japão’, disse que a ação de Seul de assinar um acordo com Tóquio “insultou as vítimas de escravidão sexual mais do que os japoneses”, de acordo com o Times.
Outros grupos atacaram as cláusulas do acordo por compartilhar informações militares. “O pacto prejudicará seriamente a segurança da península coreana e do nordeste da Ásia”, disseram os membros da ‘Solidariedade pela Paz e Reunificação da Coreia’, segundo a publicação.