A irmã de um praticante do Falun Gong, que recebeu o apoio de 300 famílias camponesas numa cidade na província de Hebei na China foi sequestrada no fim de semana junto com dois outros, disse uma fonte ao Epoch Times.
Em abril, 300 camponeses representando suas famílias na vila de Zhouguantun, perto da cidade de Boutu, chamaram a atenção internacional quando assinaram seus nomes e colocaram suas impressões digitais numa petição para libertar Wang Xiaodong, um professor e praticante do Falun Gong, uma prática chinesa tradicional de meditação que é perseguida pelo regime comunista chinês. A petição aparentemente circulou entre altos oficiais do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), com alguns expressando preocupações sobre o sentido da perseguição que já dura 13 longos anos.
Wang Xiaomei, irmã de Wang Xiaodong, foi forçada a deixar sua casa e ficar com amigos depois que sua família começou a ser ameaçada pelas forças de segurança. Mais tarde ela foi encontrada e sequestrada por policiais na noite de sábado, segundo a fonte. Dois praticantes do Falun Gong, Kang Lanying e Tang Jianing, também foram levados.
Parentes de Wang tentaram entrar em contato com o departamento de polícia local, mas os policiais disseram que eles não sabiam nada sobre o assunto, disse a fonte. Os moradores locais disseram ao Epoch Times que desde que os moradores apresentaram a petição, a vila de Zhouguantun tem estado sob intensa vigilância.
Momento de mudança
O Prof. Sun Wenguang da Universidade de Shandong disse que a petição dos moradores representa um ponto de mudança na repressão do regime ao Falun Gong.
Cidadãos chineses comuns “não se atreviam a apoiar abertamente o Falun Gong no passado, mas agora a situação mudou”, disse Sun numa entrevista ao Epoch Times. “Eles não só expressaram seu apoio, mas também colocaram suas assinaturas e impressões digitais numa petição, que é um fenômeno positivo.”
Os comentários de Sun ilustram uma diminuição do medo geral de falar sobre o Falun Gong, que tem sido considerado tabu durante anos por causa da perseguição.
O Comitê dos Assuntos Político-Legislativo (CAPL) local de Hebei “reduziu os direitos básicos de liberdade religiosa dos praticantes do Falun Gong” ao prender Wang, disse Sun. “Eu acho que no futuro haverá mais pessoas que se levantarão contra [a perseguição]” ao Falun Gong.
Sun disse que era “normal” para os praticantes do Falun Gong divulgarem informações sobre a perseguição de sua prática, porque não tem sido proporcionada “qualquer garantia de sua liberdade religiosa” pelo PCC.
Após o início da perseguição em meados de 1999, o ex-líder chinês Jiang Zemin rotulou o Falun Gong de uma “seita do mal”, o que Sun diz ser “absolutamente falso”. O CAPL, o extremamente poderoso aparato de segurança chinesa, tem mantido a perseguição ao longo dos últimos 13 anos.
Um ativista de direitos humanos que se chama apenas de Hu, e que também foi perseguido pelo PCC, disse que o incidente em Zhouguantun mostra que os cidadãos chineses do continente viram a “verdadeira natureza” do regime. “As pessoas ganharam a coragem de defender a verdade”, disse ele, acrescentando que o desenvolvimento “é a mudança mais importante na sociedade chinesa e é o que a China mais precisa desesperadamente.”
A notícia se espalhou amplamente no Twitter, com internautas pedindo ao embaixador dos EUA na China, Gary Locke, para fazer algo sobre o caso de Wang.
O Sr. Hu disse que praticantes do Falun Gong, em sua crença de verdade, compaixão, e tolerância, continuam a lutar por seus direitos. Seguindo os passos do Falun Gong, chineses comuns ganharam a coragem de somar suas vozes ao coro iniciado pelos praticantes, disse Hu.
Ele continuou, “As pessoas envolvidas em reformas democráticas, direitos humanos, e até mesmo o público em geral na China continental admiram muito e respeitam os praticantes do Falun Gong.”
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.