O Irã informou que planeja adotar uma abordagem defensiva para evitar ameaças: a implantação de um exército de robôs de combate, tanques, drones e submarinos silenciosos.
Algumas peças-chave do que o presidente Hassan Rohani descreveu como “estratégia de dissuasão” do Irã estavam na parada durante as festividades do Dia Nacional do Exército do Irã em 18 de abril.
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Tanque
No desfile foi exibido o tanque Aqareb, armado com um canhão principal 90mm e uma metralhadora 12,7mm. O veículo tem uma aparência estranha, com oito rodas, e precisa de uma tripulação de quatro pessoas.
Robô de combate
O Nazir é um robô de quatro rodas, manipulado por controle remoto. Ele pode ser programado supostamente para missões de reconhecimento e de combate dentro de uma faixa operacional de 2 quilômetros.
Game Of Drones
Em 2012, a mídia iraniana informou que Teerã estava desenvolvendo um avião sem piloto capaz de lançar vários Microdrones. Projetado por um estudante na Universidade de Isfahan, de acordo com a mídia iraniana, o equipamento, como ainda não visto, promete ser capaz de transportar cinco drones “filhos”.
Acredita-se que o Irã tem mais de uma dúzia de tipos de drones de vigilância atualmente, incluindo a Fotros, que é o maior veículo aéreo não tripulado do Irã (UAV) e é mencionado por autoridades iranianas como tendo um alcance de 2.000 quilômetros.
De acordo com um relatório recente da RAND, o Irã ainda é “incapaz de desenvolver UAVs que voem alto o suficiente para evitar o radar, especialmente contra inimigos em estado de alerta, tais como bases de Israel ou dos EUA no Oriente Médio.”
Drones iranianos já foram vistos na Síria e no Iraque e foram derrubados sobre o Líbano pelo exército israelense.
O programa de drones de vigilância do Irã pode ter recebido um “up” após a captura de um drone-espião norte-americano em 2011. Alguns especialistas dizem que o programa tem como base a engenharia reversa. Ou seja, o estudo de equipamentos construídos por outras nações.
Ameaças Subaquáticas
A frota de submarinos da Marinha iraniana é um ponto de orgulho. O Irã desenvolveu uma ampla gama de submarinos diesel-elétricos que podem representar uma ameaça para o transporte de óleo, para os poços de gás e bases estrangeiras no Golfo Pérsico.
Sabe-se que submarinos diesel têm alcance limitado, “eles são praticamente indetectáveis a menos que estejam se movendo“, diz Christopher Harmer do Instituto para o Estudo da Guerra. Levando isso em consideração, é notório que o Irã pode sim causar sérias ameaças ao trafego de navios civs e militares na região do Golfo.
Teerã lançou o submarino de 500 toneladas e 48 ??metros de comprimento Fateh, o maior já construído, no Golfo Pérsico em 2013.
O país também produziu mini-submarinos e tem sido capaz de reconstruir eficazmente a sua frota de submarinos da era soviética.
Para o futuro, o Irã está desenvolvendo submarinos não-tripulados extremamente discretos.
Na superfície, o Irã lançou vários destroyers. Mais recentemente, navios de guerra iranianos teriam sido enviados para o Golfo de Aden, o que deixou o mundo sobressaltado em meio ao atual conflito no Iêmen e suspeita de apoio às forças rebeldes Huthi na região.
Mísseis
O Bavar-373 é um sistema de ar e de mísseis de defesa. O desenvolvimento da arma foi motivado pela negativa de Moscou sobre a entrega do S-300 ao Irã, em 2010. Essa proibição foi suspensa em abril passado e Teerã disse que espera a entrega até o final de 2015.
O Irã tem um programa de mísseis bem financiado e seu arsenal é o maior e mais diversificado do Oriente Médio.
O arsenal da república islâmica inclui vários tipos de curto alcance e mísseis de médio alcance. O Irã está desenvolvendo atualmente o Khalij Fars, um míssil balístico anti-navio.
Enquanto isso, o lançamento de um veículo de lançamento espacial do Irã levou a preocupações de que o país poderia desenvolver mísseis de longo alcance intercontinentais que possam alcançar a Europa Ocidental e até os Estados Unidos.
Também entre as novas armas está um rifle sniper e uma arma anti-helicóptero com a capacidade de penetrar em superfícies à prova de balas, que pesa 62 kg e tem um alcance de quatro quilômetros. O rifle tem alcance anunciado de 3 km e pesa 24 kg.
Efeito inverso do embargo
As sanções internacionais e embargos de armas têm impedido Teerã de adquirir sistemas de armas ocidentais, o que levou a indústria nacional a crescer rapidamente depois da Revolução Islâmica, em 1979.
Especialistas internacionais dizem que, embora as forças armadas iranianas sofram com um arsenal bastante desatualizado, por conta do embargo da ONU, “suas” táticas e técnicas inovadoras e de baixo custo proporcionam ao país um potencial capaz de apresentar um desafio para a maioria dos adversários da região.