Irã diz que ataques químicos são pretexto para deflagrar guerra contra Síria

05/09/2013 14:04 Atualizado: 05/09/2013 14:04
Iranianos se manifestam contra uma intervenção militar ocidental na Síria (Behrouz Mehri/AFP/Getty Images)
Iranianos se manifestam contra uma intervenção militar ocidental na Síria (Behrouz Mehri/AFP/Getty Images)

O líder da Revolução Islâmica no Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse hoje (5) que o governo dos Estados Unidos usa como pretexto os ataques com armas químicas na Síria para deflagrar guerra contra o país. Segundo ele, os norte-americanos não estão preocupados com as questões humanitárias. Khamenei reiterou que o Irã apoiará a Síria em uma eventual ação militar na região.

“[Os Estados Unidos e aliados] utilizam as armas químicas como pretexto e dizem que querem intervir por questões humanitárias”, disse o líder religioso cujo poder político coloca-o como a principal força no Irã. No último dia 21, dois ataques com armas químicas mataram cerca de mil pessoas nos arredores de Damasco, capital síria, e a responsabilidade é atribuída ao governo.

O Irã é o principal apoio da Síria entre os países muçulmanos e busca aumentar a adesão entre os que venham a defender o governo do presidente Bashar Al Assad. O Irã e a Venezuela defendem que o Movimento dos Países Não Alinhados tentem evitar a ação militar armada, liderada pelos Estados Unidos.

O Irã está na presidência do movimento e em 2015, a Venezuela o sucederá. O grupo foi criado em 2004 e reúne 115 países, em geral nações em desenvolvimento. A China e a Índia, que têm grandes exércitos, também integram o Movimento dos Países Não Alinhados.

“Os Estados Unidos enganam-se sobre a Síria e vão, seguramente, sofrer tal como no Iraque e no Afeganistão”, acrescentou Khamenei.

Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil

Com informações da Agência Lusa