Um internauta chinês de Chongqing que foi condenado a um ano de “reeducação através do trabalho forçado” por fazer uma piada grosseira sobre Bo Xilai e Wang Lijun, agora, está processando. A audiência será realizada em 29 de junho.
“Depois de ter servido um ano e um dia na prisão, Fang Hong foi libertado e imediatamente abriu um processo administrativo de acordo com a lei”, disse seu advogado Si Weijiang, numa entrevista no Canyu.org, um website dissidente. “O caso será ouvido na 3ª Vara Intermediária de Chongqing.”
Em 21 de abril do ano passado, Fang Hong, um funcionário civil de 41 anos, escreveu uma piada mordaz de 58 caracteres em seu microblogue do Sina Weibo sobre o então vice-prefeito Wang Lijun e seu chefe Bo Xilai, o secretário do Partido Comunista Chinês em Chongqing na época. As autoridades afirmaram que Hong estava “espalhando boatos” e o enviou para trabalho forçado por um ano.
“Fang Hong se tornou o escritor mais bem pago do mundo por sua composição de 58 caracteres. Ele foi detido num campo de trabalho por um ano; cada caractere lhe custou 6,3 dias de liberdade”, queixaram-se os internautas ao ouvirem a notícia. “Porque é que os grandes poderosos em ascensão tem tanto medo de uma piada? Que tipo de regime político enviaria pessoas para a prisão por causa de uma piada?”
Relatos online sugerem que o período de Fang Hong no campo de trabalho abriu seus olhos para a “reeducação” da China através do sistema de trabalho forçado, que uma vez libertado ele não poupará esforços em combater.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.