O aumento do tráfico de crianças e adolescentes na Bahia têm motivado investigações para apurar ações destas quadrilas. Uma instituição vinculada ao Ministério Público do estado tem trabalhado no combate deste crime.
Segundo o presidente da Agente de Investigação contra crime a Criança e Adolescente do estado da Bahia (AICA), Messias Adonae, a instituição foi criada devido aos elevados índices de violência contra menores em todo o estado. O objetivo da instituição é trabalhar de forma rápida para reduzir os índices de tráfico de crianças e adolescentes.
“Os órgãos competentes não realizam com intensidade esse tipo de trabalho, então estamos em busca de reduzir este tipo de crime”, disse o presidente do AICA.
Messias também explica que o tráfico existe devido a situação de fome e miséria que algumas famílias enfrentam e, com a promessa de uma vida melhor, acabam vendendo os próprios filhos, sobrinhos ou irmãos aos traficantes.
O presidente ainda alerta que trabalho de combate ao tráfico pode enfrentar dificuldades. “Nós da AICA temos que ter a consciência de que é um trabalho bastante complicado, pois existe a questão de que a violência cresce cada vez mais; o combate à prática de tráfico tem que ser um trabalho minucioso de bastante cautela. Vamos ter que lidar com pessoas de alta periculosidade”, disse Messias.
Segundo a UNICEF, o tráfico de crianças é uma das mais graves violações dos direitos humanos no mundo atualmente. “A cada ano, centenas de milhares de crianças são contrabandeados através das fronteiras [de países] e vendidas como mercadorias. Sua sobrevivência e desenvolvimento são ameaçados, e os seus direitos de educação, à saúde, de crescimento dentro de uma família, à proteção contra exploração e abuso, são negados”.