Iniciativa privada prova novamente a defasagem do sistema comunista de Cuba

14/01/2014 15:13 Atualizado: 14/01/2014 15:13

A ditadura cubana deu mais um sinal de rendição e reconhecimento da derrota do defasado modelo comunista na Ilha Cárcere. O ditador comunista Raul Castro decretou a privatização do serviço de táxis cubano.

Após quase quatro anos de testes, a ditadura castrista percebeu os benefícios do sistema privado de serviço de táxi. Portanto, os antes funcionários públicos serão transformados em profissionais autônomos. A notícia foi veiculada pelo jornal estatal Granma.

Segundo a publicação a privatização ocorrerá para melhorar a qualidade do serviço de transporte do país. Ou seja, Raul Castro está reconhecendo que o serviço privado de táxi é melhor que o estatal.

Inclusive, também segundo o Granma: “O sistema tradicional [estatal] não foi capaz de resolver inconvenientes.” Os exemplos são: apropriação dos lucros por taxistas e a cobrança acima da tabela estabelecida.

Os taxistas desejam ficar com os lucros de seu trabalho e como possuem remunerações miseráveis, se apropriavam de tais lucros (que legitimamente pertenciam a eles, pois o Estado não fazia nada para contribuir com a obtenção dos mesmos) e cobravam acima da tabela existente. Nada que não fosse esperado por analistas sérios ao olharem para um país onde o salário médio não supera os US$20 ao mês e todos são (eram) funcionários públicos.

Há também problemas estruturais que a ditadura assume não poder solucionar, como a necessidade de modernizar as frotas (algo que mesmo a iniciativa privada não conseguirá fazer se os carros continuarem a custar o equivalente a 143 anos de trabalho dos cubanos, no mínimo).

O sistema privatizado deve incorporar 20 agências de táxi que farão parte da empresa Taxis-Cuba, a ser gerida pelos próprios taxistas. Haverá alguns táxis estatais na rua ainda, mas pouquíssimos.

É muito interessante constatar mais essa derrota irremediável do comunismo/socialismo num país tido como “modelo” pela esquerda mundial. Eles seguirão o modelo das reformas liberais em Cuba? Ou se manterão confinados em suas ideologias, negando num futuro não distante que “nunca houve comunismo e/ou socialismo em Cuba”?

Com a privatização, mesmo pertencendo à mesma empresa, os taxistas passam à condição de autônomos, ou seja, donos de sua mão de obra, antes escravizada pelo Estado. Terão que concorrer com outros cubanos e, independentemente de possível “tabelação” dos valores pela própria empresa, conseguirão cobrar valores diferenciados (acima ou abaixo dependendo do caso). Essa prática garante a saúde financeira necessária à manutenção do serviço.

Agora, caso os carros não baixem seus preços para a realidade desses trabalhadores, não haverá modernização da frota e será por culpa do sufocamento do setor causado pelas defasadas políticas econômicas socialistas-comunistas de Cuba. Caso haja a possibilidade de adquirir novos veículos, não tenho motivos para duvidar que os taxistas farão isso.

Obviamente que alguns preferirão manter seus carros dos anos 40 e 50, mas por motivos comerciais também, pois estes servem de atração aos turistas. O sistema privado permitirá que os taxistas obtenham dinheiro suficiente para efetuar reparos e manutenção em seus veículos, melhorando a qualidade do serviço. Também terão motivação para trabalhar focados nos resultados positivos por meio de boa prestação de serviços e preços acessíveis, porém lucrativos, pois tais lucros ficarão em suas mãos.

O reconhecimento da superioridade do serviço privado e de sua implantação no setor de taxis em Cuba resulta em mais uma importante vitória dos cubanos e a derrota do socialismo-comunismo no mundo.

Roberto Lacerda Barricelli é autor de blogs, jornalista, poeta e escritor

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Instituto Liberal