O secretário de Estado britânico do Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell, anunciou hoje (14) o envio de “ajuda humanitária de urgência” de cerca de R$ 11 milhões (três milhões de libras) para apoiar os civis iraquianos que fogem dos combates no norte do país.
A verba foi destinada depois da Inglaterra ter enviado, na quarta-feira (11), uma equipe de peritos para avaliarem a situação local.
O envio do dinheiro será feito de forma parcelada. A primeira ajuda será de R$ 7.5 milhões destinados à ONGs que trabalham com o “fornecimento de água potável, sistemas de saneamento, medicamentos essenciais, kits de higiene para mulheres e artigos para o lar”, disse o secretário de Estado.
A segunda parte da verba, R$ 3.5 milhões, será fornecida para “proteção de jovens e mulheres vulneráveis” através de agentes da ONU especializados em segurança e proteção em campos de concentração e de refugiados, afirmou Mitchell. A administração do dinheiro será feita pela ACNUR.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, indicou na sua conta do Twitter ter dialogado com o seu homólogo turco, Ahmet Davutoglu, para que coordene as negociações sobre a crise no Iraque e as ligações com o conflito sírio.
Na quarta-feira à tarde, William Hague excluiu qualquer intervenção militar britânica, mesmo depois dos jihadistas terem tomado várias cidades iraquianas e estarem avançando para Bagdá.
“Deixamos o Iraque nas mãos dos seus dirigentes eleitos, com suas forças armadas, com as suas próprias forças de segurança, pois cabe a eles gerir a situação”, disse Hague.
William Hague acrescentou que Londres fará “tudo o que for possível para aliviar o sofrimento humano e para resolver a crise na Síria”, que, segundo ele, desestabiliza o Iraque.
O contingente britânico, no ponto mais forte de sua aliança com os EUA no Iraque, atingiu um pico de 40 mil soldados no início da segunda guerra do Iraque, em 2003.
Com informações da Agência Lusa