Os dois candidatos à presidência da Indonésia reivindicaram hoje (9), a vitória da corrida presidencial. Esta é a terceira disputa democrática após a queda do ditador Suharto há 16 anos.
Em conferência de imprensa, realizada no fim da contagem dos votos, o atual governador de Jacarta, Joko Widodo – conhecido como Jokowi -, do Partido Democrático Indonésio da Luta (PDI-P), declarou que “os resultados mostram, até agora, a vitória pertence a Jokowi – JK”, referindo-se ao candidato à vice-presidência Jusuf Kalla.
“Queremos agradecer a todos os indonésios (…) e aos membros do partido que trabalharam durante de manhã à noite”, acrescentou.
Pouco depois, foi a vez do outro candidato, o ex-general Prabowo Subianto, de se autoproclamar vencedor.
Prabowo afirmou que ele e o candidato a vice-presidente Hatta Rajasa “receberam o apoio e mandato do povo da Indonésia”, acrescentando que os institutos de sondagens usados pelo seu partido mostravam que tinha vencido as eleições.
Cerca de 190 milhões de eleitores do arquipélago de 17.000 ilhas e ilhéus tiveram que escolher entre dois candidatos com personalidades e visões do futuro do país muito diferentes.
Jokowi, de 53 anos, é considerado por muitos como o candidato que vai prosseguir com as reformas democráticas da era pós-Suharto (1967-1998). O antigo vendedor de móveis é o primeiro candidato presidencial sem ligações à ditadura.
Prabowo Subianto, de 62 anos, é um antigo genro de Suharto. Ele reconheceu ter ordenado o sequestro de militantes pró-democracia no final da era Suharto (1967-1998) e algumas ONG acusam-o de ter cometido violações dos direitos humanos em Timor-Leste, durante a luta pela independência do território, duramente reprimida pelas forças especiais que comandava.
Depois da queda de Suharto, Prabowo deixou o exército e exilou-se durante alguns anos na Jordânia, onde se tornou um empresário bem sucedido. Regressou à política em 2009.
O vencedor das eleições, cujo resultado oficial será anunciado entre 21 e 22 de julho, sucederá o presidente Susilo Bambang Yudhoyono, impedido pela Constituição de se reeleger depois de ter cumprido dois mandatos de cinco anos.
Com informações do Jornal I